segunda-feira, 12 de maio de 2008

Venha militar. Pela democracia.

A posição deste Blog é muito clara e transparente. Não há espaço para regimes militares nos dias de hoje, mas há um campo enorme para militares na política, onde seriam muito bem-vindos. É isto que significa o "venha militar". Para isso, basta que devolvam o fuzil, pendurem os coturnos e passem para a reserva. Que virem iguais aos iguais. Em vez de gastarem as suas gordas aposentadorias vitalícias jogando tênis em belas manhãs de sol, bebericando scotch em clubes militares, que fundem um partido, com um programa democrático de governo e que saiam às ruas para pedir votos e bater continência para os eleitores. Para o zé desdentado. Para a maria com a décima barriga. Para o mané analfabeto e faminto. Em vez de se aboletarem em sites de verdades sufocadas, brasis acima de tudo, terrorismos nunca mais e outras tribunas onde cacarejam para si mesmos e exercitam seus pendores literários com artigos iracundos, cartas abertas e manifestos com ameaças vazias, cagados de medo da democracia, que botem seus corpos jovens e malhados na rua, ali na esquina da vinte e cinco de março, na esquina democrática da rua da praia ou na avenida atlântica, para convencer o povo que são uma alternativa de mudança. Quero ver general encontrar um "praça" que comandou, agora um eleitor e, em vez de dizer "você foi meu sargento!", humildemente declarar: " preciso do seu voto para me eleger". O Brasil não é a Venezuela, Mianmar, Cuba ou a Coréia do Norte, onde milico passa por cima da democracia. O muro caiu, virou pó, acabou o comunismo. Saibam que o General Augusto Heleno somente foi ouvido porque falou como um brasileiro e não como um general, dando a sua opinião sobre um assunto relevante para o país. Se o general tivesse ameaçado o país com uma revolta das suas tropas, o abaixo-assinado feito em seu apoio teria 12 assinaturas e não 12.000. Tem brasileiro que não tem noção do tamanho do Brasil, da sua economia, da força do seu povo, do seu território. Não é um Lula que vai acabar com o país. Nem três ou quatro Lulas que virão depois dele, pois não temos oposição. Da mesma forma, não vai ser um ditador com estrelas nos ombros que vai escrever a história da pátria. Deixa o povo errar. Um dia, ele aprende, basta a democracia ensinar.
Autor: Coturno Noturno

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Um comentário:

Anônimo disse...

Sou de esquerda, mas aprovo.