(Clarín, 23) 1. Uma missão da Internacional Socialista (IS), que visitou a Venezuela em janeiro passado, criticou ontem a existência nesse país de "instrumentos temíves de um mecanismo autoritário novo” e que constituem “uma democradura (um governo de origem democrático com um exercício real autoritário)”. A missão, chefiada pelo seu secretário-geral, Luis Ayala, e composta por membros da Grécia, República Dominicana, França, Espanha e Argentina, disse que em seus encontros com membros de diversos setores escutou “de maneira recorrente” expressões como "rotina autoritária", “criminalização do protesto", "insegurança e impunidade", e "terror e corrupção".
2. O Conselho Geral da Internacional Socialista reuniu-se em Nova York (22) e, entre outros assuntos, ouviu o relato de seus delegados na Venezuela. Na sua declaração, a missão da IS disse que "se as atividades da sociedade civil e da oposição política não são proibidas categoricamente, elas estão controladas e limitadas, especialmente devido a um tipo de autocensura que se instalou sob a ameaça permanente de ataques verbais do presidente venezuelano Hugo Chávez e outros, que escapam do seu controle direto."
3. Referindo-se à economia, a IS disse que "uma gestão centralizada e muitas vezes ineficiente, produziu efeitos desastrosos com graves repercussões sociais, particularmente para os mais pobres." "Na gestão global do país, a falta de consulta e a prevalência de uma lógica de confronto em vários setores da sociedade são lamentáveis", agrega a nota. "Violência, ameaça, intimidação, insegurança, instabilidade das leis e procedimentos, constituem o quadro da sociedade atualmente", afirmaram os socialistas, cuja missão levou sua solidariedade "com a esquerda política e social da Venezuela".
Ex-blog do Cesar Maia
Pois é, até a Internacional Socialista quer chutar o trazeiro daquele que lula chama de "ex-guerrilheiro, hoje pacificador".
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