sexta-feira, 30 de maio de 2008

COMUNIDAD INTERNACIONAL PIDE LIBERTAD PARA CUBA

Jóvenes de diversos países de América Latina y Europa mostraron su solidaridad con la resistencia cívica dentro de Cuba al unirse a la Jornada “Hacia la República” de la Campaña de la No Cooperación con la Dictadura. Esta Jornada se llevó a cabo en apoyo a la Jornada Pedro Luis Boitel dentro de la Isla, durante la cual cientos de opositores cubanos realizaron actividades recordando al mártir estudiantil cubano Pedro Luis Boitel.

La Jornada Mundial “Hacia la República” en Homenaje a Pedro Luis Boitel y por la libertad de los presos políticos ha tomado lugar en más de 25 paises, incluyendo un discurso del Presidente Bush el 21 de mayo en la Casa Blanca en el cual respaldó la lucha cívica del pueblo cubano dentro de la Isla.

Pedro Luis Boitel fue un líder estudiantil cubano encarcelado por sus convicciones por la dictadura castrista en 1960, cuya tenaz resistencia en las prisiones resultó en su asesinato por el régimen en 1972. Boitel se ha convertido en el símbolo de las fuerzas democráticas dentro de Cuba.
Mais em Directorio Democrático Cubano


História de Pedro Luis Boitel








Lula coopera com a ditadura em Cuba


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segunda-feira, 26 de maio de 2008

Morreu Marulanda, o “Tirofijo” chefão das FARC. O inferno está em festa.



Timoleón Jiménez, faz um discurso "emocionante" confirmando a morte de Pedro Antonio Marín, ou "Manuel Marulanda Vélez", o Tirofijo, o chefão das FARC desde 1964, "en brazo de su compañera y rodeado de su guardia personal y de su seguridad".

Alfonso Cano agora é novo comandante.

Diante da morte de Marulanda e do crescente enfraquecimento da guerrilha obsoleta, o Presidente da Colômbia, Alvaro Uribe, pediu as FARC que libertem todos os reféns e que deponham as armas, em troca de garantias de vida e de liberdade.
Desde que Uribe foi eleito, 48.000 guerrilheiros já deixaram as FARC por deserção, morte ou captura.

Veja o comunicado da FARC



Continuação


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sábado, 24 de maio de 2008

UNASUL - Está criada a nova NAÇÃO BOLIVARIANA

Lula está certo: A maioria das pessoas ainda não tem a "dimensão exata do que vai acontecer"

(...)quando Simon Bolivar, há duzentos anos atrás, bradava ao mundo, naquele tempo sem televisão e sem jornal, para divulgar as angustias dele, ou seja, a criação da "grande Colômbia" e muitas vezes pela própria luta armada empunhando a sua espada, nós democraticamente criamos mais do que a "grande Colômbia", criamos hoje a GRANDE NAÇÃO SUL AMERICANA. Este é um feito extraordinário para mim. É um feito que, possivelmente, nenhum de nós ainda tem a dimensão exata do que vai acontecer.

A Unasul - União das Nações Sul-americanas está formada por Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Equador, Guiana, Paraguai, Peru, Suriname, Uruguai e Venezuela. Após a criação da Unasul, o próximo passo para a criação da nova NAÇÃO BOLIVARIANA é o Conselho de Defesa Sul-americano, do qual o ministro Nelson Jobim é o atual articulador e da qual o presidente da Colômbia, Alvaro Uribe, até agora recusa-se a participar.



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Senador Jefferson Peres

Em várias ocasiões o senador Jefferson Peres desabafou o seu cansaço com a podridão da política Brasileira, a qual, com sua morte, agora fica mais podre.

Descanse em Paz Senador!

Ouça um dos mais famosos discursos do senador Jefferson Peres.


Assista um dos últimos discursos senador Jefferson Peres, no qual ele comenta sobre o problema da reserva "Raposa Serra do Sol".
Ler o Discurso completo


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sexta-feira, 23 de maio de 2008

Índios agridem engenheiro em debate sobre hidrelétrica.



O engenheiro da Eletrobrás Paulo Fernando Rezende foi agredido ontem a socos e ferido com um facão por índios caiapós.As agressões ocorreram no fim de uma palestra no encontro Xingu Vivo para Sempre, que reuniu 3 mil pessoas em Altamira (PA) - metade delas indígenas que debatiam os impactos na região da construção da usina hidrelétrica de Belo Monte.Rezende havia acabado de fazer uma palestra sobre os detalhes técnicos do projeto da usina. Os índios, liderados por Tuíra Caiapó, avançaram sobre o técnico. Ele teve teve a camisa rasgada e foi ferido no braço pelo facão de um guerreiro. Os organizadores do encontro tiveram dificuldade para livrar Rezende dos índios, que o acusaram de estar debochando deles e de desrespeitá-los. A vítima foi levada para o Hospital Regional da Transamazônica, enquanto outros técnicos da Eletrobrás registravam ocorrência na Polícia Civil.Havia 600 índios de várias etnias no salão em que se realiza o encontro na hora da confusão. A Polícia Militar não prendeu ninguém.Não foi a primeira vez que um técnico da estatal sofre agressão. Em 1989, a índia Tuíra esfregou um facão no rosto do atual presidente da Eletronorte, José Antonio Muniz Lopes, protestando contra a construção da hidrelétrica.
Fonte : Zero Hora

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A agressão de índios a um engenheiro no Pará marca o debate sobre a construção de uma das maiores usinas hidrelétricas do país.
Ticiana Villas Boas


PF investiga agressão de engenheiro por índios no Pará
A PF abriu inquérito para investigar a agressão sofrida por engenheiro da Eletrobras. Ele foi ferido durante evento sobre a construção da hidrelétrica de Belo Monte, no Pará.
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quarta-feira, 21 de maio de 2008

Reserva Raposa Serra do Sol baseou-se em laudo fraudado

Não sei se esqueci de postar ou se deletei por engano, mas o fato é que a postagem do inicio do mês, que fiz ou que pensei ter feito, sobre uma das mais importantes notícias sobre a Reserva Raposa Serra do Sol não está no blog, ou sumiu, por isso estou repostanto, acrescida do comentário de Reinaldo Azevedo e dos videos do Jornal da Globo .

Laudo foi fraude!

O laudo antropológico feito para justificar a demarcação em área contínua da Reserva Raposa Serra do Sol foi uma fraude. Essa é a afirmação feita pelo historiador roraimense Riobranco Brasil, que disse ter provas conclusivas que alegam que apenas uma pessoa elaborou o documento, ao invés de um grupo de trabalho, como mandava a Justiça. O historiador caracteriza o laudo como a maior peça farsante já produzida e que chegou a induzir as autoridades federais, na ocasião, o presidente Luizs Inácio Lula da Silva e o então ministro da Justiça, Marcio Thomaz Bastos, para oficializarem a demarcação da área indígena.
Os autos que comprovam a farsa estão reunidos no livro do autor, "Pedra Pintada, o Templo Sagrado", ainda em fase de publicação. Nele, Riobranco afirma que o grupo técnico, recrutado pela Funai para elaborar o relatório antropológico, nunca existiu. "O que se chama grupo se resume apenas em uma pessoa: a antropóloga Maria Guiomar de Melo, que foi a única que assinou o relatório", disse o historiador. "É de se supor que ela estivesse representando todo o grupo dos 27 técnicos das várias instituições envolvidas".
O processo de pesquisa foi realizado entre 1991 e 1993. Os 27 técnicos eram representantes da então Secretaria estadual de Meio Ambiente, Interior e Justiça de Roraima (Semaijus), por pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP), por membros do Conselho Indigenista Missionário (Cimi) e do Conselho Indígena de Roraima (CIR).
O grupo interinstitucional foi formado por dez índios indicados pelo CIR. Segundo Riobranco, isso demonstra a parcialidade por não constar representações de outras instituições e dos índios contrários à demarcação em área contínua. "Além do fato de o relatório não representar o pensamento dos membros do grupo técnico, é considerável a pouca representatividade desse grupo constituído pela Funai".
Para o pesquisador, a Assessoria Jurídica do Governo do Estado deve entrar com uma ação judicial pedindo a anulação do laudo e, conseqüentemente, a anulação da homologação de Raposa Serra do Sol.
Além disso, a Assembléia Legislativa deve convocar para depoimento a antropóloga Maria Guiomar de Melo, apontada como a responsável pela elaboração do laudo. "Ela vai ter que se explicar sobre a elaboração fraudulenta desse documento, que em nada justifica a operação da Polícia Federal de retirada dos não-índios da terra indígena".
O historiador afirma que um fato, semelhante ao que ocorre na Raposa, aconteceu há 104 anos, em que o Brasil perdeu uma gleba de 19.630 km para a Inglaterra. Trata-se da questão do Pirara, região localizada na época a Leste do Estado de Roraima.
Alegando estar proporcionando a exploração da riqueza britânica, o império inglês enviou ao lugar o explorador prussiano Robert Hermam Schomburgk, em 1835. Mais tarde, sob o argumento britânico de o território ser ocupado por tribos independentes que reclamavam a proteção inglesa, o Brasil reconheceu provisoriamente a neutralidade da área em litígio e retirou seus funcionários e o destacamento militar, com a condição de que as tribos continuassem independentes.
Logo, em 1842, uma expedição militar liderada por Schomburgk colocou marcos fronteiriços, demarcando a fronteira sem a anuência do governo brasileiro.
O feito foi chamado de "Linha Shomburgk". A questão se prolongou até 1904, quando, por fim, o Brasil aceitou o laudo arbitral do rei Vitor Emanuel III, da Itália, que deu ganho de causa à Inglaterra, perdendo o Brasil 19.630km2 de seu território (o rei italiano concedeu de volta ao Brasil os outros 13.570 km2) e, conseqüentemente, os afluentes da bacia do Essequibo. Com a conquista, a Inglaterra obteve acesso às águas do Rio Amazonas pelos rios Ireng e Tacutu.
"A argumentação de Schomburgk para que o Brasil perdesse a questão do Pirara é a mesma mentira que estão argumentando para o país perder Raposa Serra do Sol", disse Riobranco. "Naquela época, o rei italiano Vitor Manuel usou os índios como escudo e hoje a história se repete. Outros italianos estão usando novamente os índios como escudo".
Fabio Cavalcante é historiador
Tribuna da Imprensa

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Alô, ministros do Supremo!!!
No “grupo” formado para colher as informações sobre Raposa Serra do Sol que resultaram no “laudo antropológico” (a que se agarra a Funai) estão:

Maíldes Fabrício Lemos – Ele aparece lá como “técnico agrícola”. Mas é o próprio quem diz: “Eu acho que um negócio desses está errado, porque não sou técnico, eu sou motorista”.

José Juliano Carvalho – professor da USP. Ocorre que o tal professor nunca esteve em Raraima e ignora a questão. Ele diz que seu nome está sendo “usado” para tungar a terra dos índios. Ora, usado ele foi para fazer o laudo fraudulento, não é mesmo?

O que vai acima, como se vê, é incontestável. E daí? O presidente da Funai, mesmo admitindo ignorar a questão — parece que ele também desconhece o Brasil — reafirma a seriedade do laudo, assinado pela antropóloga Maria Guiomar de Melo, que se nega a dar declarações a respeito.

Começa a ficar claro que o laudo antropológico — que teria resultado do trabalho de uma grande equipe — é obra de uma pessoa só. E, como diz um juz, feito a partir de recortes de jornal.
O que a reportagem do Jornal da Globo evidencia é que a convivência entre índios e não-índios em Roraima é muito mais antiga do que afirmam a Funai e o governo federal.
Os conflitos em Raposa Serra do Sol, como se nota, não derivam do conflito de interesses entre os arrozeiros e os índios de Roraraima. Quem bota fogo na questão são os "índios" da USP e de Brasília.
Reinaldo Azevedo

Reportagem completa do Jornal da Globo sobre a Reserva Raposa Serra do Sol
Parte 01

Parte 02

Parte 03

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Dez toneladas de remédios que iriam para os índios vão para o lixo.

Realmente, o governo está muito preocupado com os índios.
A preocupação é tão grande que *esqueceram* de distribuir aos índios 10 toneladas de remédios, que mofaram no depósito da Funasa em Brasília. Os remédios, que tinham prazo de até 3 anos, serão incinerados.

"É inacreditável a falta de medicamentos básicos e necessários para o tratamento de pacientes indígenas internados na Casa do Índio em Atalaia do Norte (AM). É um absurdo, uma vergonha que a Funasa perca essa quantidade de remédios. Tem muita gente precisando", afirmou Jorge Duarte, presidente do Conselho Distrital de Saúde Indígena do Vale do Javari (Amazonas).

Leia mais na Revista Época

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terça-feira, 20 de maio de 2008

A Mentira da Resistência a Ditadura.

A LUTA armada, de tempos em tempos, reaparece no noticiário. Nos últimos anos, foi se consolidando uma versão da história de que os guerrilheiros combateram a ditadura em defesa da liberdade. Os militares teriam voltado para os quartéis graças às suas heróicas ações. Em um país sem memória, é muito fácil reescrever a história. É urgente enfrentarmos essa falácia. A luta armada não passou de ações isoladas de assaltos a bancos, seqüestros, ataques a instalações militares e só. Apoio popular? Nenhum. O regime militar acabou por outras razões.

Argumentam que não havia outro meio de resistir à ditadura, a não ser pela força. Mais um grave equívoco: muitos dos grupos existiam antes de 1964 e outros foram criados logo depois, quando ainda havia espaço democrático (basta ver a ampla atividade cultural de 1964-1968). Ou seja, a opção pela luta armada, o desprezo pela luta política e pela participação no sistema político e a simpatia pelo foquismo guevarista antecedem o AI-5 (dezembro de 1968), quando, de fato, houve o fechamento do regime.

O terrorismo desses pequenos grupos deu munição (sem trocadilho) para o terrorismo de Estado e acabou usado pela extrema-direita como pretexto para justificar o injustificável: a barbárie repressiva.

Todos os grupos de luta armada defendiam a ditadura do proletariado. As eventuais menções à democracia estavam ligadas à "fase burguesa da revolução". Uma espécie de caminho penoso, uma concessão momentânea rumo à ditadura de partido único.

Conceder-lhes o estatuto histórico de principais responsáveis pela derrocada do regime militar é um absurdo. A luta pela democracia foi travada nos bairros pelos movimentos populares, na defesa da anistia, no movimento estudantil e nos sindicatos. Teve na Igreja Católica um importante aliado, assim como entre os intelectuais, que protestaram contra a censura. E o MDB, nada fez? E seus militantes e parlamentares que foram perseguidos? E os cassados?

Quem contribuiu mais para a restauração da democracia: o articulador de um ato terrorista ou o deputado federal emedebista Lisâneas Maciel, defensor dos direitos humanos, que acabou sendo cassado pelo regime militar em 1976? A ação do MDB, especialmente dos parlamentares da "ala autêntica", precisa ser relembrada. Não foi nada fácil ser oposição nas eleições na década de 1970.

Os militantes dos grupos de luta armada construíram um discurso eficaz. Quem questiona é tachado de adepto da ditadura. Assim, ficam protegidos de qualquer crítica e evitam o que tanto temem: o debate, a divergência, a pluralidade, enfim, a democracia. Mais: transformam a discussão política em questão pessoal, como se a discordância fosse uma espécie de desconsideração dos sofrimentos da prisão. Não há relação entre uma coisa e outra: criticar a luta armada não legitima o terrorismo de Estado.

Precisamos romper o círculo de ferro construído, ainda em 1964, pelos inimigos da democracia, tanto à esquerda como à direita. Não podemos ser reféns, historicamente falando, daqueles que transformaram o adversário, em inimigo; o espaço da política, em espaço de guerra. Um bom caminho para o país seria a abertura dos arquivos do regime militar. Dessa forma, tanto a ação contrária ao regime como a dos "defensores da ordem" poderiam ser estudadas, debatidas e analisadas. Parece, porém, que o governo não quer. Optou por uma espécie de "cala-boca" financeiro. Rentável, é verdade.

Injusto, também é verdade. Tanto pelo pagamento de indenizações milionárias a privilegiados como pelo abandono de centenas de perseguidos que até hoje não receberam nenhuma compensação. É fundamental não só rever as indenizações já aprovadas como estabelecer critérios rigorosos para os próximos processos. Enfim, precisamos romper os tabus construídos nas últimas quatro décadas: criticar a luta armada não é apoiar a tortura, assim como atacar a selvagem repressão do regime militar não é defender o terrorismo. O pagamento das indenizações não pode servir como cortina de fumaça para encobrir a história do Brasil. Por que o governo teme a abertura dos arquivos? Abrir os arquivos não significa revanchismo ou coisa que o valha.

O desinteresse do governo pelo tema é tão grande que nem sequer sabe onde estão os arquivos das Forças Armadas e dos órgãos civis de repressão. Mantê-los fechados só aumenta os boatos e as versões fantasiosas.

MARCO ANTONIO VILLA, 51, é professor de história do Departamento de Ciências Sociais da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e autor, entre outros livros, de "Jango, um perfil".
Fonte: Folha

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Cadernos de luta do MST

Cadernos apreendidos pela Brigada Militar em São Gabriel mostram rotina dos acampamentos do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e como agem os militantes em confrontos

Ao alvorecer do último dia 8, cerca de 800 militantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) acampados na fazenda São Paulo 2, em São Gabriel, foram surpreendidos pela chegada de igual número de PMs.

Munidos de ordem judicial, os policiais militares realizaram busca de objetos que poderiam ter sido levados pelos sem-terra durante a invasão promovida dias antes numa fazenda próxima, a Estância do Céu, pertencente a Alfredo Southall e cobiçada pelo MST desde 2003.

Durante a vistoria foram apreendidos facões, foices, facas - definidos pelo MST como objetos de trabalho - e escudos improvisados. O que mais chamou a atenção dos policiais (acabaram sendo entregues ao Ministério Público de São Gabriel para investigação), no entanto, foram quatro cadernos. Preenchidos a caneta, eles se dividem entre diários e atas que relatam o cotidiano dos acampados. São um misto de orientação dos líderes aos militantes e resumo das discussões internas.

A leitura dos cadernos, aos quais Zero Hora teve acesso, mostra que o MST utiliza termos militares para gerenciar os acampamentos, como Brigada de Organicidade e Pelotão de Apoio. No 1º Pelotão do Grupo Gestor, por exemplo, quatro pessoas centralizam a distribuição igualitária de víveres.

Os métodos militares estabelecem a organização de rondas de vigilância, distribuídas em turnos, como num quartel. As rondas incluem crianças, o que será motivo de investigação do Ministério Público. Na vistoria do acampamento da fazenda São Paulo 2, os PMs descobriram entre os sem-terra 28 crianças sem registros e 16 adolescentes sem responsáveis. Um trecho aponta que crianças maiores de 14 anos não estão livres de tirar guarda.

Foram encaminhados também à Polícia Civil e aos promotores públicos cadernos que dão noções de como os acampados podem resistir à desocupação das terras (incluindo menção a bombas e orientações sobre o que falar em momentos delicados) e de como podem driblar a fiscalização do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) quando se candidatam a ganhar terra.Confira os principais trechos dos cadernos:

Como arregimentar apoio

Após a invasão das fazendas de Alfredo Southall, a direção do acampamento estabeleceu algumas metas:

"Às 9h o oficial de Justiça vem trazer os papéis... A coordenação desce e a senha é A Southall é nossa.

O que dizer para a imprensa? Estamos num latifúndio que não tem apoiadores!

Que venha um representante do Incra para propor a reforma agrária, de preferência já com terras e local.

As Igrejas têm de cobrar do Ministério Público. Exigir apoiadores e mídia na hora do despejo".

Em outro trecho, orientação sobre como proceder nas cidades vizinhas e sobre a função de doações de alimentos nos bairros próximos dos acampamentos:

"Muito importante o trabalho nos bairros, como doar alimentos, panfletear, para cair rápido nos meios de comunicação".

Respostas padrão

Uma das atas estabelece uma orientação aos acampados sobre como responder ao cadastro do Incra, que vai determinar quem está apto ou não a receber cesta básica alimentar:

"É o cadastro da bóia, não precisa se intimidar...

Tem de dizer que não tem bem familiar, não tem renda porque não trabalha.

Quem não tem documento, dizer que a Brigada roubou.

Se tem passagem na Polícia? Não.

Se já era agricultor? Sim.

O que fazia há cinco anos atrás? Nada, por isso estou aqui...

Tempo de acampamento? Dizer que tem mais de um ano... E assim por diante".

Quem tira guarda

O uso de crianças para fazer guarda nos acampamentos não é rotina, mas acontece. Já o de mulheres é cotidiano, como mostram esses trechos do diário:

"Crianças pegando plantão, 10h às 12h, de 1h30min às 6h".

"... guarda: de menor, não tira guarda, por motivo se o Conselho (Tutelar) chega e vê um de menor na guarda, causa problema..."

"Luana, Paula, Denise e Juliana, quatro horas de guarda hoje".

Controle do insólito

O ímpeto de controle chega até mesmo ao que os acampados devem fazer com os seus animais:

"Foi acordado em assembléia que os cachorros têm que ser amarrados".

Pedras, trincheiras e bombas

Pouco antes do despejo de uma das invasões, novas orientações são anotadas num diário:

"Resistência do cenário: mais pedras, ferros nas trincheiras, alguns pontos estratégicos... cavalo apavora...

Zinco como escudo. Bombas... tem um pessoal que é preparado. Manter a linha.

Retorno do Pelotão 13: fazer trincheira lá atrás. Se protejam atrás, porque o pelotão que tome cuidado, atiram foguete..."

Desavenças e punições

Casos de desavenças ou crimes são tratados por uma comissão disciplinar, que determina o destino daquele que não se adapta:

"... tá roubando galinha. Quem rouba é expulso".

"...os rapazes foram expulsos porque roubaram da Vozinha 15 reais, não gostavam de reunião e não faziam tarefa...".

"...proposta da direção de transferir P. para outro acampamento, porque corre risco de vida. Vai ser transferido, queira ou não".

Divisão de classes

As anotações de uma folha transmitem aos militantes uma divisão social bem clara entre os grandes proprietários de terra e os sem-terra e chegam a traduzir uma desesperança quanto ao rumo da reforma agrária e convoca para a luta:

"Ricos... concentram a terra comprada com o dinheiro do povo. Quem sustenta é a Farsul e o Poder Judiciário.

Pobres... lutamos para que a terra seja partilhada. Para lutar, precisamos nos organizar.

Levando em conta tudo que conversamos, vamos esperar sentados, vamos acreditar nas palavras do Incra, das mil famílias, ou vamos lutar, buscar conquistas? Há disposição".


Lucro com bebidas

Trecho faz uma avaliação do resultado de uma das festas do acampamento:

"Avaliação de domingo, teve bastante lucro com a venda de bebidas. Sobre bagunças, sempre envolvido o Peixe".

Uma invasão

Trecho de um caderno faz uma avaliação de uma invasão de propriedade da família Southall no mês de abril, quando o MST promoveu uma série de ações pelo Brasil:

"Nível está bom. Repercussão da ocupação está boa em sete Estados. Em Pernambuco, 23 ocupações. Oposição da PM. Ação rápida. Muita arma no acampamento. Imprensa".

Escolha de alvos

Líderes, ao pregar o que fazer para organizar o movimento em um momento delicado, sugerem a invasão da sede do Incra:

"O que precisamos fazer?

Fazer uma ocupação no Incra para fazer pressão, para que saia terra. Ou ocupar uma área símbolo. Ficar e não arredar pé.

Quando? Se for possível, amanhã, já".

Medo de flagrante

No dia 29 de abril, a recomendação para evitar prisões na hora em que a BM fosse revistar o acampamento em busca de objetos saqueados:

"Se tiver algo que trouxe da Southall, favor consumir. Senão vai preso em flagrante".

( humberto.trezzi@zerohora.com.br )
HUMBERTO TREZZI
Fonte: Zero Hora

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Declarações de Tarso Genro provocam reações conflitantes de militares e ex-militantes políticos

'A Lei da Anistia foi feita para os dois lados'
Presidente do Clube Militar diz que, se acusados de tortura forem julgados, o mesmo deve ocorrer com ex-guerrilheiros.

SÃO PAULO. O Clube Militar defendeu ontem que o governo "escancare" os arquivos secretos da ditadura, mostrando também supostos crimes cometidos por membros da cúpula do atual governo que militaram contra o regime. Os militares também avaliaram que, se ocorrer uma reinterpretação da Lei da Anistia, de 1979, deverão ser punidos também acusados de terrorismo e assassinatos na época.

As declarações do general da reserva Gilberto Figueiredo, presidente do Clube, foram uma resposta ao ministro Tarso Genro (Justiça) e ao Ministério Público Federal, que defendeu o julgamento de torturadores e chefes dos órgãos de repressão. Tarso avaliou que a Lei da Anistia, de 1979, não protege os crimes de tortura, prática que também era criminosa durante o regime militar.

- Alguns colegas de governo do ministro também cometeram crimes hediondos durante o regime. A Lei da Anistia foi feita para os dois lados e é um assunto superado. Agora, se houver uma revisão, ela terá que valer para os dois lados - disse o general da reserva.

Figueiredo afirmou ainda que a abertura dos arquivos secretos do regime não encontra mais resistências entre os militares:

- Não sei por que não abrem os arquivos. É preciso abrir, sim, escancarar tudo. Tenho conversado com outros militares e não vemos motivos para não escancará-los. Mas é preciso escancarar tudo mesmo, porque quando isso for feito, os militares serão os menos atingidos. Se abrir, quem mais terá a perder são os do outro lado, que cometeram assassinatos, terrorismo e muitos crimes. E muitos estão no governo - disse o presidente do Clube, depois de frisar que o ministro fez tais declarações para desviar o foco das atenções de outros problemas do governo, como os conflitos em Raposa Serra do Sol e o caso do dossiê da Casa Civil.
(GLOBO, 17Mai08)

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OS VENDILHÕES DA PÁTRIA

BRASILEIROS INTERNACIONALIZAM A AMAZÔNIA
A Constituição brasileira de 1988, em seu artigo primeiro, afirma que a República Federativa do Brasil constitui-se em Estado democrático de Direito e tem como seu fundamento primeiro a soberania. No seu artigo quatro, explicita que a República rege-se, nas suas relações internacionais, por dez princípios, entre eles o da independência nacional, da autodeterminação dos povos, da não intervenção e da igualdade entre os Estados. Sem dúvida, esta Constituição teve a sua elaboração influenciada pelo sentimento de busca de liberdades democráticas, exaltação dos direitos humanos, exagerado pacifismo, tudo ao sabor de muita demagogia e da satisfação de interesses individuais e de grupos, sendo até mesmo, confessadamente, fraudada.
Assim, ao seu término, teatralmente anunciada, por Ulysses Guimarães, como a “Constituição Cidadã”, plena de direitos e escassa de deveres, apresentou contradições políticas, sociais e econômicas, sendo apontada, já nos primeiros anos de sua vigência, como uma das causas da ingovernabilidade do País. Já em 5 de outubro de 1988, Adendo Especial era publicado, alterando o texto de vários artigos originais. As emendas constitucionais (EC), a partir de 31 de março de 1992, se avolumaram, pois, a oportunidade de correções, prevista na própria Constituição, 5 anos após a sua promulgação, foi perdida pela irresponsabilidade e fisiologismo característicos de nossa classe política.
Assim, ferindo os interesses nacionais e subordinando o País a pressões externas e a interesses escusos internos, com data de aprovação de 8 de dezembro de 2004, no governo Lula, e publicada em 31 de dezembro de 2004, passou a vigorar a EC N.45, assinada pelo Presidente da Câmara dos Deputados, João Paulo Cunha, do PT, processado posteriormente por atos de corrupção, e pelo Presidente do Senado, José Sarney, do PMDB, aliado do poder, político profissional e fisiologista contumaz. A EC N.45, irresponsável e impatrioticamente, introduziu, na Constituição, o artigo 5º, parágrafo 3º, determinando que “os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos que forem aprovados, em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos dos respectivos membros, serão equivalentes às emendas constitucionais”. Até então, para o Supremo Tribunal Federal, os tratados internacionais - mesmo aqueles que abordavam matéria relativa a “direitos humanos” - eram incorporados ao Direito brasileiro apenas com “status” de lei ordinária. A partir da aprovação da emenda nº45, porém, os tratados internacionais, ratificados pelo Congresso, passaram a ser parte da lei magna do País, um acinte aos interesses da Nação. Criminosamente, na mesma EC N.45, através do parágrafo quarto, contrapondo-se aos princípios constitucionais da soberania, independência, autodeterminação, não intervenção e igualdade entre os Estados, adicionaram o texto pelo qual "O Brasil se submete à jurisdição de Tribunal Penal Internacional a cuja criação tenha manifestado adesão".
É necessário que se conheça o acima, para que se possa aquilatar as graves conseqüências para a Nação, colocando em jogo a soberania desta, a indepêndencia do País, a integridade territorial brasileira e o destino da Amazônia, caso o Congresso aprove a traição cometida contra o nosso País por aqueles que votaram favoravelmente, com a orientação do governo Lula, no dia 13 de dezembro de 2007, a aprovação pela ONU da “Declaração Universal dos Direitos dos Povos Indígenas”.
Vejamos algumas das assertivas de tal declaração: l “As nações devem respeitar as formas políticas, sociais e jurídicas de cada povo indígena”. l “Os indígenas terão livres estruturas políticas, econômicas e sociais, especialmente seus direitos a terras, territórios e recursos”. l “O Estado deve reconhecer a necessidade de desmilitarização das terras e territórios dos povos indígenas”. l “Os indígenas têm direito à autodeterminação, de acordo com a lei internacional”. l “Os indígenas possuem o direito de ter caráter específico, devidamente refletido no sistema legal e nas instituições políticas, sócio-econômicas e culturais, incluindo, em particular, uma adequada consideração e reconhecimento das leis e costumes indígenas”.
Está mais do que clara a possibilidade, caso o Congresso cometa crime de lesa-pátria, aprovando tal declaração, que, com apoio da ONU, respaldada pelas grandes potências, venham a ser criados, em nosso território, estados, verdadeiros enclaves, sobre os quais não teriamos mais a jurisdição brasileira. Há que se levar em conta, com grande preocupação, o declarado interesse e a cobiça internacional pela Região Amazônica, e a presença de inúmeras ONG estrangeiras entre os indígenas, defendendo interesses que não são os nossos. São agravantes a escassa presença brasileira na área com reduzidos efetivos militares e material sucateado e a redação do artigo 231, da Constituição, que segundo juristas, dá margem a interpretação de que os povos indígenas representam nações diferentes da brasileira, cabendo à União, tão-somente, o ônus decorrente do papel de protetora deles e de seus bens, que não pertencem ao Brasil. Note-se que os indígenas brasileiros já ocupam 13% do território nacional, principalmente na Amazônia, alguns próximos à fronteira, terras, em geral, de subsolo riquíssimo em minerais, apresentando riquíssima biodiversidade e enormes reservas de água.
A atual questão da demarcação das reservas Raposa/Terra do Sol, em Roraima, e a retirada dos brasileiros que lá se encontram produzindo, está diretamente ligada ao acima. Uma vez consumada a operação, o governo de Roraima terá controle sobre pouco mais de metade de seu território. As reservas indígenas, na Região, alcançarão cerca de 10,6 milhões de hectares, com áreas contínuas junto à fronteira, ou o equivalente a 46% de sua área geográfica. No subsolo da área indígena, conforme estudos geológicos, está localizada uma das maiores e mais valiosas reservas minerais do mundo em ouro, pedras preciosas e minerais estratégicos.
Afirma o Cel Manoel Soriano Neto, historiador militar, jurista e bravo defensor da nacionalidade, que “uma legislação recém- incorporada à Lei Maior, que dá ensejo à amputação do território nacional, à luta fratricida e ao não cumprimento do interdito possessório do 'uti possidetis' – inclusive invocado pelo Brasil, em seus contestados internacionais, afigura-se falsa e ilegal e se conflita com os ditames dos artigos 1° e 4º, da mesma Lei Magna".
Para finalizar, é interessante ressaltar que aqueles que têm responsabilidades, até mesmo constitucionais, com a soberania e a independência do País, não podem, numa hora como essa, se omitir, pois, se o fazem, consentem e se consentem são cúmplices em crime de lesa-pátria.
*Marco AntonioFelício da Silva
General da Reserva
Cientista político
E-mail: marcofelicio@acessa.com
Fonte: Grupo Inconfidência

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sábado, 17 de maio de 2008

Cadê o dinheiro do Adhemar?


Arquivo Folha Imagem 12.01.1963
Adhemar de Barros, após eleição para governador de São Paulo.

Sergio Kapustan
Tarde de 18 de julho de 1969, em Santa Teresa, no Rio de Janeiro. Treze guerrilheiros da Vanguarda Armada Revolucionária Palmares ( VAR Palmares) – 11 homens e duas mulheres – entram na mansão do irmão da secretária e amante do governador paulista Adhemar de Barros, morto quatro meses antes em Paris, Ana Guimol Banchimol Capriglione.
Objetivo: resgatar um cofre. A ação foi um sucesso, mas até hoje é polêmica porque nunca foi totalmente esclarecida. Ana Capriglione ficou conhecida como "Dr. Rui", pseudônimo dado pelo próprio Adhemar. "Pois não, Dr. Rui". Era dessa forma que Adhemar – que entrou para a história com a frase "rouba, mas faz" – atendia os telefonemas ela.
O grupo invadiu a casa apresentando-se como policiais que cumpriam um mandado de busca e apreensão. Quatro ficaram em frente à casa e nove entraram. Eles renderam os empregados e até as crianças, cortaram as duas linhas telefônicas e um grupo subiu ao quarto para chegar ao cofre. Especula-se que o cofre pesava entre 200 e 300 quilos e que teria rolado escada abaixo antes de ser colocado em uma Veraneio.
A ação durou 28 minutos e foi coordenada por Dilma Rousseff e Carlos Franklin Paixão de Araújo, ex-marido dela e ex-deputado estadual. Em entrevista à época, o capitão Carlos Lamarca, líder da guerrilha e morto no sertão baiano em 1971, revelou que a quantia no cofre era de US$ 2,5 milhões. "Depois de uma longa investigação, localizamos uma parte da famosa caixinha do governador", declarou Lamarca.
O dinheiro foi levado para um aparelho localizado próximo ao Largo da Taquara, em Jacarepaguá. O cofre foi arrombado com maçarico e enchido de água para evitar a queima do dinheiro. Documentos pessoais de Adhemar foram recolhidos.
O destino do dinheiro financiou ações do grupo é uma incógnita até hoje.
Conhecida com o codinome de "Stella", Dilma contou posteriormente que não teria tido dificuldades em participar do assalto. Ela foi presa aos 22 anos em 16 de janeiro de 1970 e submetida a tortura por ser a "mentora" de todo o processo.
Esteve no assalto outro companheiro de Dilma no governo: o novo ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc. Com 18 anos, era secundarista, conhecido pelo codinome "Orlando". Ele foi um dos "policiais" que tomaram a mansão. Minc foi preso em 1969, sofreu torturas e deixou o País em 1970. Estava entre os 40 presos políticos negociados em troca do embaixador da então Alemanha Ocidental, Ehrenfried von Hollebem, seqüestrado pela Vanguarda Popular Revolucionária (VPR) e pela Ação Libertadora Nacional (ALN), em 1970. Com a anistia, voltou ao Brasil em 1979 e criou o PV junto com o deputado federal Fernando Gabeira na década 80.
José Dirceu, então líder estudantil, foi preso em 1968 e solto em 1969, com mais 14 presos políticos exilados em troca da libertação do embaixador americano Charles Elbrick.

Ficha nos arquivos militares de Dilma Roussef, codinome Stella



Troca de Presos pelo embaixador Ehrenfried von Hollebem
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Paraguaios protestam e queimam a bandeira do Brasil

Um grupo de camponeses paraguaios queimou ontem a bandeira do Brasil, durante um protesto no empobrecido departamento de San Pedro. Em defesa da reforma agrária, os camponeses pediram a expulsão de todos os colonos e agricultores de nacionalidade brasileira do país.
Elvio Benítez, líder da organização dos camponeses sem-terra em Curupaiti, que fica a 300 quilômetros ao norte de Assunção, disse que "enquanto nós paraguaios vivemos na miséria, uns poucos empresários brasileiros viram milionários", em alusão ao cultivo mecanizado da soja.
Vestido como o ex-líder guerrilheiro Ernesto "Che" Guevara, Benítez pediu a expulsão de todos os colonos brasileiros do Paraguai. Segundo ele, 60 propriedades agrícolas serão invadidas nos próximos dias. Ele ainda pediu que o presidente eleito Fernando Lugo, que tomará posse em 15 de agosto, exproprie uma fazenda de 35 mil hectares, de propriedade do brasileiro Ulisses Teixeira. Lugo não quis emitir opinião sobre a crise no campo no Paraguai.
O comandante da Polícia Nacional do Paraguai, o comissário Fidel Isasa, garantiu que "no momento em que ocorrerem as ocupações ilegais das fazendas, nosso pessoal atuará para garantir a propriedade privada, de acordo com as ordens dos juízes".
Ao concluir o desfile, o dirigente sem-terra Blas López leu um manifesto no qual responsabilizam "o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, pela eventual morte de nossos compatriotas, devido ao uso, da parte dos colonos brasileiros, de produtos agrotóxicos," nas plantações de soja, único grão que tem três colheitas por ano na região.
Umas 300 mil famílias pobres pedem, desde 1989, que seja feita uma reforma agrária no Paraguai. Essas famílias são de camponeses nativos que pedem as terras para cultivar produtos de subsistência.
Jornal do Comércio
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O Computador de Reyes

Colômbia
A Interpol respaldou ontem a Colômbia ao anunciar que não encontrou indícios de que os arquivos dos computadores do guerrilheiro Raúl Reyes tenham sido alterados por autoridades de Bogotá. Reyes era porta-voz das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) e foi morto em março, num ataque de militares colombianos contra um acampamento da guerrilha no Equador.

Segundo a Colômbia, os computadores contêm indícios do envolvimento das Farc com a Venezuela e o Equador.

Em Caracas, o presidente venezuelano, Hugo Chávez, qualificou a apresentação da Interpol de "uma palhaçada" e anunciou uma "profunda revisão" das relações políticas, econômicas e diplomáticas com a Colômbia.

Pouco antes, a chanceler equatoriana, María Isabel Salvador, havia afirmado que "desconhecia a validade jurídica do relatório".

A Colômbia, porém, divulgou e-mails e relatórios com evidências de que membros das Farc seriam treinados na Venezuela. Outros documentos indicam que Chávez se comprometeu a dar US$ 250 milhões e armas ao grupo. A acusação contra o presidente equatoriano, Rafael Correa, é de que ele teria recebido dinheiro das Farc para sua campanha. ( AE )
Jornal do Comércio

Atualizando...
O blog do jornalista Luiz Carlos Azenha, no Terra, noticiou o resultado com o seguinte título:
Interpol: Colômbia não cumpriu todas as normas.
Nem seus prórios leitores perdoaram; ganhou 100% de comentários condenando sua parcialidade.
Eis um claro exemplo de mídia esquerdista vendida.

Quem quiser comprovar pode ler o relatório completo direto na fonte em:
Informe forense da INTERPOL.

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quinta-feira, 15 de maio de 2008

Bolsonaro chama Tarso Genro de mentiroso


Ontem, durante a audiência pública da Comissão da Amazônia na Câmara dos Deputados, o Ministro da Justiça Tarso Genro, qualificou os plantadores de arroz (rizicultores, chamados de arrozeiros) e as demais pessoas que moram na reserva Raposa Serra do Sol, em Roraima, e que resistem a desocupar a área, de "terroristas".

A infeliz declaração do ministro fez o encontro descambar para baixaria e tumulto. O deputado Urzeni Rocha (PSDB-RR) protestou. Exigiu de Genro explicação para o fato de ele ter acusado haver terrorismo na reserva:
“Não admito chamar o povo de Roraima de terrorista. Lá não tem bandido”, bradou Urzeni, para quem “o Ibama é a arma, o braço do governo federal contra Roraima”.

O clima ficou ainda mais tenso quando aos berros, o Dep. Jair Bolsonaro (PP-RJ) chamou o ministro de “terrorista mentiroso”. “A mim não impressionam gritos e olhos arregalados”, reagiu Tarso.

No bate-boca, o índio Jecinaldo Sateré Maué, presidente da Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab), tentou jogar um copo de água em Bolsonaro e explicou que usou o copo porque não tinha uma flecha.

Após o tumulto, Tarso Genro tentou, por várias vezes, consertar sua frase e dar a entender que usou o termo “terrorista” para qualificar as ações de resistência dos arrozeiros, como a a destruição de pontes e o ataque aos indígenas com armas de fogo e bombas. Disse também que a maioria dos não-índios "está lá de boa fé", mas que na região há também “grileiros, traficantes e grupos violentos que estão lá para cometer ilegalidades” e que a demarcação em área contínua da reserva "não ameaça a soberania nacional".

Faltou o ministro dizer, ou melhor, continuou a esconder o que se torna a cada dia mais evidente; que, assim como os não-índios, os índios que "estão lá de boa fé" também, que de fato são inocentes, vem sendo usados como massa de manobra por "espertos", aliás, os mesmos que usam os integrantes do MST. Basta ver que os métodos da atual "guerrilha" indígena hoje são os mesmos usados pelo MST.

Faltou ainda o ministro dizer, que ele estava errado e que havia invertido os papeis ao desrespeitar o direito de propriedade e dizer que a expulsão dos rizicultores da Reserva, era questão de Soberania (??) Nacional e que como ministro da Justiça(??) MENTIU quando afirmou que não havia mais recursos a serem impetrados para a Suprema Corte, "pois todos tinham se esgotado" e aguardar até ESGOTAR DE FATO TODOS OS RECURSOS JUDICIAIS CABÍVEIS.

Faltou o ministro dizer também, conforme defendeu o jurista Ives Gandra Silva Martins, no Seminário do Clube Militar, que o artigo 231 da Carta Magna assegura aos índios apenas o direito às áreas que “ocupam”, no presente do indicativo e que o parágrafo 2º do artigo 20 da Constituição Federal diz que a faixa de fronteira é fundamental para a nossa defesa (São bens da União-A faixa de até cento e cinqüenta quilômetros de largura, ao longo das fronteiras terrestres, designada como faixa de fronteira, é considerada fundamental para defesa do território nacional...) e que portanto a imposição destas novas reservas ferem frontalmente a constituição, consequentemente as medidas do governo Lula são atos tão ou até mais terroristas do que as ações de resistência dos arrozeiros.

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Morales diz que Lula e Chávez são iguais

O presidente boliviano Evo Morales, durante entrevista coletiva em La Paz (Foto: Reuters)
"O que Chávez faz publicamente, Lula também faz, mas em silêncio. Não há nenhuma diferença entre Lula e o companheiro Chávez", disse o líder boliviano em entrevista coletiva no Palácio Quemado de La Paz.
Morales também minimizou as críticas sobre sua estreita relação com o presidente venezuelano, incluindo a formulada recentemente pelo sociólogo francês Alain Touraine, que o aconselhou a se afastar da Venezuela e pediu ao Brasil que "ajude a Bolívia, antes que seja destruída por Chávez".
"Sou anti-Chávez e pró-Morales", disse Touraine, diretor da Escola de Altos Estudos em Ciências Sociais de Paris.
Morales respondeu que "não vai se distanciar de qualquer presidente, exceto (do presidente dos Estados Unidos, George W.) Bush, porque tem uma política intervencionista criminosa".
"Estou convencido: primeiro (o líder cubano) Fidel (Castro) e, depois, Chávez são personagens para libertar os povos".
O líder boliviano também saudou a chegada do presidente equatoriano, Rafael Correa, e do presidente eleito do Paraguai, Fernando Lugo, a essa corrente política.

Fonte: G1


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Defendendo o Estado de Direito


Nota do Clube Militar.
Clique na imagem para ampliar.
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Mais um ex-terrorista no governo: cai Marina Silva, entra Carlos Minc.



Currículo do novo ministro do Meio Ambiente
O jovem Carlos Minc Baumfeld , não foi preso pela ditadura por ser líder estudantil, mas sim, por atuar ativamente na luta armada.
Camarada de armas da Estela, ministra Dilma Roussef, atuou no Comando de Libertação Nacional – COLINA-, onde participou, juntamente com outros militantes, do assalto ao Banco Andrade Arnaud, na rua Visconde da Gávea, 92, no Rio de Janeiro, de onde foram roubados cerca de R$ 45 milhões de cruzeiros. Na ocasião foi assassinado o comerciante Manoel da Silva Dutra.
Posteriormente, com a fusão do COLINA com a Vanguarda Popular Revolucionária - VPR-, o novo grupo passou a chamar-se Vanguarda Armada-Palmares – VAR-Palmares.
A VAR-Palmares foi uma das responsáveis, entre outros crimes, pelos assassinatos do marinheiro inglês David A. Cuthberg e do delegado de Polícia Octávio Gonçalves Moreira Júnior.
Dentre as principais ações da VAR-Palmares destacamos, além dos brutais e traiçoeiros assassinatos citados:

- A grande ação
Com a finalidade de solidificar a fusão da VPR com o Colina e obter recursos para o novo grupo que surgia, a VAR-Palmares, foi planejado o roubo de um cofre da residência de Ana Capriglione Benchimol, em Santa Teresa, Rio de Janeiro.
Na tarde de 18 de julho de 1969, 13 militantes da VAR-Palmares, entre ele, Carlos Minc Baumfeld, disfarçados de policiais e comandados por Juarez Guimarães de Brito, invadiram o casarão de Anna Benchimol Capriglione, com o pretexto de busca de “documentos subversivos”. Após confinarem os presentes numa dependência do térreo da casa, um grupo subiu ao 2º andar e levou, com a ajuda de cordas lançadas pela janela, o cofre de 200 kg, que foi colocado numa Rural Willys. Em menos de trinta minutos consumava-se o maior assalto da subversão no Brasil. Levado para um aparelho localizado próximo da Taquara, Jacarepaguá, o cofre foi aberto, e os assaltantes puderam ver , maravilhados, milhares de cédulas verdes. Ao final, os dois milhões, oitocentos mil e sessenta e quatro dólares atestavam o sucesso da “grande ação “.
O destino desses dólares é discutido até hoje. Fala-se em compra de armas, distribuição entre as regionais da VAR-Palmares, pequenas cotas aos militantes e até na remessa de um milhão de dólares para a Argélia. Fala-se, também, em contas na Suíça. Ao certo, jamais houve uma contabilidade dessa fortuna.
Os dois estarão bem à vontade, trabalhando no mesmo governo. Afinal, Dilma Roussef, a companheira Estela, foi o cérebro do Plano de Ação do Cofre, por coincidência – PAC -, e Carlos Minc, o companheiro Jair, Orlando ou José, um dos executantes.

Fontes: Orvil Ternuma

A Verdade Sufocada

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Vulnerabilidades da Legislação na Questão Indígena

Além dos cabeças, de difícil identificação, que têm trabalhado exaustivamente e com êxito na implantação de uma nociva política indigenista, cujo resultado prático é a demarcação das extensas reservas em áreas contínuas, particularmente na fronteira Norte do país, há que se voltar os olhos para a legislação que fundamenta as decisões tomadas pelos vários governos. Os cabeças não são aqueles contrários à revisão das decisões tomadas, mas os que agiram de forma dissimulada influindo na redação da legislação, que vai justificar as decisões proferidas. " O Decreto 1.775, de 08/01/96, que dispõe sobre o procedimento administrativo de demarcação das terras indígenas, impõe regras muito acima do que seria esperado de um decreto "O Decreto 1.775, de 08/01/96, que dispõe sobre o procedimento administrativo de demarcação das terras indígenas, impõe regras muito acima do que seria esperado de um decreto. Nem os fundamentos que supostamente sustentam a sua edição são convincentes, até porque a magnitude do problema envolvendo extensas áreas já com 105.673.003 hectares para 488 terras indígenas, perfazendo 12,41% do total do território, exigiria participação do Congresso Nacional, como preceitua a Constituição Federal, Art. 48, no trato das matérias dos incisos V (limites do território nacional, espaço aéreo e marítimo e bens do domínio da União) e VI (incorporação, subdivisão ou desmembramento de áreas de Territórios ou Estados, ouvidas as respectivas Assembléias Legislativas). E há mais terras em estudo. Uma decisão dessa ordem na mão de poucos. Cada proposta devia ser submetida ao Congresso através de leis e normas que ele próprio, como representante do povo, definisse. É o mínimo que se espera. Vejam que a referida prescrição no seu Art. 1º diz que as terras indígenas "serão administrativamente demarcadas por iniciativa e sob a orientação do órgão federal de assistência ao índio", isto é a Funai, de indiscutível valor, como se ao advogado de defesa coubesse substituir o Congresso e o juiz ao proferir a sentença. Para tanto, julga suficiente no Art 2° que a demarcação "será fundamentada em trabalhos desenvolvidos por antropólogo de qualificação reconhecida, que elaborará, em prazo fixado na portaria de nomeação baixada pelo titular do órgão federal de assistência ao índio, estudo antropológico de identificação". Eis porque atingimos um ponto de saturação insuportável, 12,41% do total do território brasileiro e quase 50% do Estado de Roraima. E os sábios querem mais. Um outro ponto a cuidar está contido no Art. 26 do Estatuto do Índio, quando cita as várias modalidades de organização, reserva indígena, parque indígena, colônia agrícola indígena e o mais perigoso, território federal indígena. Vou repetir: "território federal indígena". Que segundo o Art. 30, "é a unidade administrativa subordinada à União, instituída em região na qual pelo menos um terço da população seja formado por índios".
Por Ernesto Caruso

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segunda-feira, 12 de maio de 2008

Venha militar. Pela democracia.

A posição deste Blog é muito clara e transparente. Não há espaço para regimes militares nos dias de hoje, mas há um campo enorme para militares na política, onde seriam muito bem-vindos. É isto que significa o "venha militar". Para isso, basta que devolvam o fuzil, pendurem os coturnos e passem para a reserva. Que virem iguais aos iguais. Em vez de gastarem as suas gordas aposentadorias vitalícias jogando tênis em belas manhãs de sol, bebericando scotch em clubes militares, que fundem um partido, com um programa democrático de governo e que saiam às ruas para pedir votos e bater continência para os eleitores. Para o zé desdentado. Para a maria com a décima barriga. Para o mané analfabeto e faminto. Em vez de se aboletarem em sites de verdades sufocadas, brasis acima de tudo, terrorismos nunca mais e outras tribunas onde cacarejam para si mesmos e exercitam seus pendores literários com artigos iracundos, cartas abertas e manifestos com ameaças vazias, cagados de medo da democracia, que botem seus corpos jovens e malhados na rua, ali na esquina da vinte e cinco de março, na esquina democrática da rua da praia ou na avenida atlântica, para convencer o povo que são uma alternativa de mudança. Quero ver general encontrar um "praça" que comandou, agora um eleitor e, em vez de dizer "você foi meu sargento!", humildemente declarar: " preciso do seu voto para me eleger". O Brasil não é a Venezuela, Mianmar, Cuba ou a Coréia do Norte, onde milico passa por cima da democracia. O muro caiu, virou pó, acabou o comunismo. Saibam que o General Augusto Heleno somente foi ouvido porque falou como um brasileiro e não como um general, dando a sua opinião sobre um assunto relevante para o país. Se o general tivesse ameaçado o país com uma revolta das suas tropas, o abaixo-assinado feito em seu apoio teria 12 assinaturas e não 12.000. Tem brasileiro que não tem noção do tamanho do Brasil, da sua economia, da força do seu povo, do seu território. Não é um Lula que vai acabar com o país. Nem três ou quatro Lulas que virão depois dele, pois não temos oposição. Da mesma forma, não vai ser um ditador com estrelas nos ombros que vai escrever a história da pátria. Deixa o povo errar. Um dia, ele aprende, basta a democracia ensinar.
Autor: Coturno Noturno

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sexta-feira, 9 de maio de 2008

Hay que embrollarse pero sin hablar la verdad jamas!

E agora Stella, vai confessar ou não?

Identificado quem vazou dossiê do governo FHC.
Um laudo técnico dos peritos que examinaram computadores do Palácio do Planalto revela que um funcionário da Casa Civil vazou as informações do dossiê com os gastos da presidência no governo FHC.




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quinta-feira, 8 de maio de 2008

Amazônia: mais denúncias

Por Carlos Chagas – Jornalista
BRASÍLIA - Mais cedo do que imaginavam os ingênuos e os malandros que contestam a soberania brasileira na Amazônia, começa a frutificar o exemplo do general Augusto Heleno. É preciso denunciar e resistir diante desse crime de lesa-pátria praticado entre nós faz muito, mas acelerado a partir do governo Fernando Henrique e continuado pelo governo Lula.
Quem aparece agora é o coronel Gélio Fregapani, mentor da Doutrina Brasileira de Guerra na Selva, fundador e primeiro comandante do Centro de Instrução de Guerra na Selva, hoje servindo na Inteligência Federal na Amazônia, da Abin. É autor de "A cobiça internacional na Amazônia", editado em 2000.
Acaba de conceder entrevista ao repórter Ray Cunha, da Agência Amazônia, da qual selecionamos alguns trechos, profundos e surpreendentes, verdadeiros e trágicos.

Está preparada a ocupação militar
"O problema crucial da Amazônia é que ainda não foi ocupada. Ledo engano é supor que a região pertence de fato ao Brasil. Será do Brasil quando for desenvolvida por nós e devidamente guardada. Daí porque às potências estrangeiras não interessa o seu desenvolvimento. Por enquanto, Estados Unidos, Inglaterra e França, principalmente, lançam mão da grita ambientalista.
Com a região intocada, mantêm os cartéis agrícolas e de minerais e metais. A soja da fronteira agrícola já ameaça a soja americana. E a exploração dos fabulosos veios aurí­feros da Amazônia poria em xeque as reservas similares americanas. Despovoada, inexplorada e subdesenvolvida, não haverá grandes problemas para a ocupação militar da região. Aliás, tudo já está preparado para isso."

A farsa da reserva ianomami
"A reserva ianomami, etnia forjada pelos ingleses, do tamanho de Portugal e na trí­plice fronteira em lití­gio (Brasil, Venezuela e Guiana), é a maior e mais rica proví­ncia mineral do planeta". As Forças Armadas e a Polí­cia Federal não podem entrar nela, por força de lei. Mas já há manifestação na Organização das Nações Unidas para torná-la nação independente, se necessário por força das armas.
"São quatro grupos distintos, linguística e etnicamente, às vezes hostis entre eles. Sua criação foi manobra muito bem conduzida pela WWF (World Wildlife Found), multinacional nefasta, provocadora de conflitos como a ferrugem na soja brasileira, produzida a preços mais baratos do que a soja americana."
"Segundo a Funai, existem 10 mil í­ndios no parque ianomami. A Força Aérea, que andou levando pessoal para vacinação, viu que os í­ndios não passam de 3 mil. Não há motivo para se deixar a área mais rica do Paí­s virtualmente interditada ao Brasil. Há outra área ianomami na Venezuela.
Está tudo pronto para a criação de uma nação.
Orientado naturalmente pelos falsos missionários americanos, um desses pretensos lí­deres, Davi Yanomami, já andou pedindo na ONU uma nação. Teria pedido proteção contra os colonos brasileiros, "que os querem exterminar". As serras que separam o Brasil da Venezuela e da Guiana, e um pouquinho da Colômbia, contêm as principais jazidas minerais do mundo."
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Será ocupada
"A Amazônia será ocupada. Por nós ou por outros. Numa humanidade em expansão, com uma série de terras superpovoadas, uma terra despovoada e habitável, ela será ocupada. Por quem? Nós temos, legitimamente, a posse, mas essa legitimidade não nos garante o futuro. Se nós não ocuparmos, alguém a ocupará. Se nós não a utilizarmos, alguém vai utilizá-la. Portanto a questão é: somos brasileiros, devemos ocupá-la."
"A necessidade de ocupação da Amazônia é um fato, e a melhor forma é deixar prosseguir a fronteira agrí­cola. E quanto mais perto das serras que separam o Brasil dos paí­ses ao Norte, melhor. É ní­tido o desejo dos povos desenvolvidos tomarem conta das serras: para evitar que o Brasil concorra com seus mercados e como reserva futura de matéria-prima."

Os madeireiros
"Os madeireiros não fazem o mal que os ambientalistas falam. Eles pegam espécies selecionadas, que interessam ao mercado. É claro que eles abrem picadas para chegar até essas árvores, mas isso não faz dano à floresta, porque há milhôes de pequenas árvores, chamadas de filhotes, que estão lá há muitos anos esperando uma chance de chegar ao sol para poder crescer. Quando uma árvore é abatida, aqueles filhotes que estão em redor crescem numa velocidade espantosa, na disputa para ver qual irá substituir a que foi abatida. Isso não altera em nada a floresta."
"Na floresta úmida, real, as árvores crescem com uma rapidez incrí­vel, fora da área de transição da periferia, aberta à agricultura. Em dois anos, as imbaúbas já estão com mais de 40 metros. Então, não é possí­vel uma agricultura como nós a concebemos no Sul ou no Hemisfério Norte, porque a floresta não deixa. O correto seria a silvicultura, ou seja, a substituição de árvores por outras árvores. Muitas são interessantes para substituir as de menos valor. A castanheira, a seringueira, mas, no momento, o que chama a atenção, mesmo, é o dendê, como potencial para a substituição da energia não renovável. As reservas de petróleo estão diminuindo no mundo e o consumo de energia está aumentando. Vai chegar o momento em que o uso de petróleo será inviável.
Não estou dizendo que o petróleo vai acabar. Sempre vai sobrar um pouco, ou um achado novo, mais fundo, mas o uso do petróleo, como fazem atualmente, está com seus dias contados. Além do mais, os Estados Unidos estão procurando tomar conta de todas as jazidas que existem no mundo.
Alguns países estão realmente preocupados com isso."
A entrevista é detalhada, mas vale referi-la pelo seu significado principal: existem outros raciocínios e outras soluções para contrabalançar o ambientalismo que pretende manter a floresta intocada, apenas como reserva para quem vier a ocupá-la...

Entrevista completa

Este livro relata a verdade que poucos conhecem. Gélio Fregapani é um dos maiores conhecedores da Amazônia e resume em seu livro mais de 40 anos de experiência na selva. Gélio analisa a geopolítica, o interesse internacional e as riquezas existentes que são o motivo de grande inquetação. Todo o brasileiro deve ler este livro, pois dá uma visão diferente das concepções forjadas que hoje são consideradas como verdades absolutas sobre a Amazônia. 1ªEd. 2000. 166p. Clique para comprar


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Faroeste patrocinado pelo governo

Enxadas, batinas e...muito dinheiro público.
O Movimento dos Sem-Terra, que é hoje um verdadeiro partido político clandestino, recebeu 50 milhões de reais do governo nos últimos anos, através de seus tentáculos. Ou seja, é o nosso dinheiro que financia as invasões de propriedade, a destruição de laboratórios de pesquisa (e a demonização da própria) e o estupro da Constituição.
O Grotão não vive num Estado de Direito. Ou as regras e leis são universais, ou salve-se quem puder. Num Estado de Direito, nenhum grupo, partido, igreja, movimento ou indivíduo pode ter privilégios em relação aos demais. É o que não acontece por aqui, sob a complacência do governo e a benevolência dos cofres públicos, que patrocinam a ilegalidade.
Desculpem-me, mas vou pedir, de novo, que leiam atentamente o documento aprovado pelo MST no ano passado, em encontro nacional (post "A batina e a enxada", abaixo). Ali não se fala mais em "reforma agrária" (etapa superada, como até o MST tacitamente admite). O ataque é ao "imperialismo", ao "neoliberalismo", às "transnacionais", ao agronegócio - tudo conforme o catecismo de D. Tomás Balduíno, figura reacionária que almeja um retorno às paróquias do século XIX.
Não à toa, o símbolo da Comissão Pastoral da Terra, quintal em que se semeia a retrógrada "teologia da libertação", é a enxada, não uma colheitadeira, não um trator. Esse setor da Igreja católica continua fiel às idéias medievais. É contra a pesquisa científica, contra a modernidade, contra a tecnologia, contra o conhecimento.
Quanto à dinheirama que vai para os bolsos de Pol Pot Stédile e seu "exército", leiam aqui.

Update: há dois anos, publiquei um artigo do jornalista Ricardo Bonalume Neto (da Folha) sobre os preconceitos contra uma simples árvore, o eucalipto - uma árvore "de direita", obviamente. Vale a pena reler "O eucalipto neoliberal". Na carta do MST, novamente é mencionada a pobre árvore, entre outras amaldiçoadas pela turma do retrovisor.
Autor: Orlando Tambosi

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Índios adotam métodos do MST e invadem Niterói

Índios Guarani adotam métodos do MST, abandonam a cidade de Paraty e invadem área nobre de Niterói-praia de Camboinhas. A tribo decidiu considerar suas terras, de seus antepassados, e refundou uma aldeia no centro de uma das áreas mais nobres da cidade.
A área onde os índios se instalaram fica numa das regiões mais valorizadas de Niterói. Mansões, condomínios de luxo e agora uma tribo são praticamente vizinhos. Trinta e seis índios Guaranis se mudaram de Paraty, no sul do estado do Rio, para a praia de Camboinhas, numa área de preservação ambiental. A aldeia tem duas ocas, uma casa de reza e uma escola onde as crianças aprendem matemática, português e a língua guarani. O sustento vem do artesanato e da pesca. A Associação dos Moradores diz que não é contra os índios, mas considera a entrada deles na área uma invasão. E encaminhou o caso ao Ministério Público Federal. “O que nós estamos tentando preservar só é a restinga que foi completamente devastada e o impacto ambiental foi enorme ali”, diz a advogada da Associação de Moradores, Adriana Alves Cunha.

Caiu na armadilha!
Em Roraima, enquanto índios e fazendeiros guerreiam e o STF tenta agilizar o julgamento sobre a reserva indígena Raposa Serra do Sol, a guerra começa. Índios fecham estrada e invadem propriedade. O maior produtor de arroz de Roraima e prefeito de Pacaraima, Paulo César Quartieiro, é preso por mandar seus seguranças atirarem contra cerca de 100 índios que invadiram a fazenda dele na segunda-feira.
A Polícia Federal liberou na noite desta quarta-feira (7) a estrada que dá acesso a fazendas de arroz em Roraima. O dono da propriedade onde aconteceu um conflito com índios foi transferido para Brasília.
Durante três dias as carretas que deveriam buscar a produção ficaram paradas pelos índios que querem a saída imediata dos agricultores. A Polícia Federal fez um acordo e conseguiu a liberação, mas os índios continuam no local. “O bloqueio fica permanente aqui, até receber uma decisão concreta”, disse o índio Macuxi.
Mais em G1

Índios desocupam fazenda.
Os índios deixaram no início da tarde desta quarta-feira a fazenda Depósito, na reserva Raposa/Serra do Sol, em Roraima. Uma funcionária da fazenda confirmou que os índios deixaram a área por volta das 13h30 (horário local) e montaram novas tendas do outro lado da cerca.
O índio macuxi Dionito Souza, coordenador do CIR (Conselho Indígena de Roraima), disse à Folha Online hoje pela manhã que os índios decidiram deixar o local até que o STF (Supremo Tribunal Federal) julgue as ações sobre a demarcação de terra da reserva.
Mais na Folha

Índios adotam métodos do MST e invadem Niterói


Preso por defender propriedade

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segunda-feira, 5 de maio de 2008

Referendum Boliviano



Por Graça Salgueiro
Aconteceu hoje na Bolívia um importante referendum promovido pelo estado de Santa Cruz que pede sua autonomia em relação ao governo do país. Ao contrário do que estão apregoando, Evo Morales, Hugo Chávez e demais forças políticas comuno-socialistas da América Latina, o que os santa-cruzenhos desejam não é o separatismo mas a descentralização econômico-administrativa, a federalização de seu estado que é quem mais produz e, no entanto, se vê penalizado pelas políticas comuno-chavistas do “Socialismo do Século XXI” do cocalero presidente Morales.
Fiz o enorme sacrifício de assistir os telejornais da rede Globo durante toda a semana, para ver se davam alguma informação acerca deste acontecimento mas, como era previsível, a única informação que parece não acabar nunca é o caso da menina Isabelle assassinada no começo do mês em São Paulo, que é divulgado com riqueza de detalhes e pormenores. Não minimizo este crime hediondo mas, convenhamos, a mídia nacional foi a grande responsável pela histeria coletiva que se instalou em torno do caso que, por mais grave que tenha sido, foi um caso particular que não diz respeito ao país, aos destinos da Nação. Do mesmo modo é o caso da Reserva Raposa Serra do Sol, - este sim, um legítimo processo de separatismo - que não é levado às discussões públicas, cuja mídia pouco ou nada informa porque não interessa ao governo que a população saiba do ato lesivo à nossa soberania que está sendo tramado de comum acordo com a neo-comunista ONU e outros organismos igualmente comuno-internacionalistas.
O referendum que pede a autonomia de Santa Cruz é legítmo, entretanto, Morales e seus seguidores insistem em mentir, alegando que a “oligarquia” apoiada pelo “império” não quer perder seus privilégios e joga irmãos contra irmãos. Se há algo ilegal é a Constituição boliviana vigente – na qual ele tem se apoiado para desautorizar o referendum -, pois foi feita a portas fechadas e contando apenas com os parlamentares oficialistas; a oposição foi PROIBIDA de entrar no recinto e participar da votação, o que significa, em qualquer país do mundo civilizado onde vige o regime democrático, uma fraude, um embuste, uma gigantesca FARSA. As imagens (fotos e canal CNN em Espanhol) do dia de hoje na Bolívia, dão conta de extrema violência por parte dos seguidores do cocalero presidente, como mostram as fotos que ilustram a edição de hoje.
Para que se compreenda melhor o que significa este referendum para seus promotores, sugiro a leitura do artigo “Lições da crise colombiana II - próximo alvo: Peru”, do brilhante analista político e meu amigo Heitor De Paola, bem como “Bolivianos, cuidado com a OEA” do presidente de Fuerza Solidaria, do também amigo Alejandro Peña Esclusa.
Os temores sobre o aumento da violência interna na Bolívia se viram agudizados na última semana, ante a radicalização de atos organizados por aquilo que eufemisticamente insistem em chamar de “movimentos sociais” que respaldam o governo, sobretudo os sub-humanos índios aymarás – etnia de Morales - conhecidos como “ponchos vermelhos”. Em novembro do ano passado eles já se articulavam contra a chamada “Meia Lua”, que conforma os estados Santa Cruz, Tarija, Beni, Cochabamba e Pando que pedem a autonomia, e chegaram a incendiar a prefeitura de um desses estados sendo contido a tempo e não deixando vítimas. Apesar de já ter sido divulgado amplamente pela rede, não tem desperdício rever “Na Bolívia degolam cães em ameaça aos opositores”, filmado em 23 de novembro de 2007, que descreve com precisão a quê esta gente está disposta.
E hoje eles tomaram as ruas, fecharam estradas, incediaram urnas e cédulas de votação. Junto com oficialistas do partido MAS (Movimiento Al Socialismo), tentaram impedir que as pessoas votassem deixando até agora um saldo de 20 pessoas feridas e 1 morta, a maioria nas localidades de San Julián, Yapacaní, Montero e Plan Tres Mil, um dos bairros mais pobres de Yapacaní.
As tensões já existentes foram agravadas por um pronunciamento publicado nos jornais das Forças Armadas que afirmavam que não se podia aprovar o estatuto autonômico porque ele “afeta a segurança e defesa nacional do Estado boliviano” e que “depois de ter realizado uma exaustiva análise do projeto de Estatuto Autonômico de Santa Cruz, alguns de seus artigos afetam a segurança e defesa nacional do Estado boliviano”. Esta declaração dos altos comandos do Exército, Aviação e Marinha é seguida por outra do Conselho Supremo de Defesa Nacional, uma instância militar de apoio às Forças Armadas, que advertiu no sábado que o estatuto autonômico do estado de Santa Cruz “ameaça a integridade do território nacional”, repetindo o que determina o agoverno autoritário do cocalero presidente Morales.
Chávez e seu ministro da Defesa foram derrotados mais uma vez pela oficialidade que se negou a deslocar-se até a Bolívia para servir de “guarda-costas” de Morales. Conforme conta Patricia Poleo em sua coluna “Factores de Poder”, no jornal “El Nuevo País” de hoje. “Desde sexta-feira à tarde, oficiais de todas as Forças, especialmente da Guarda Nacional, majores, capitães e tenentes estavam sendo citados na DIM (Direção de Inteligência Militar), por dezenas de panfletos e comunicados que estiveram circulando nas instalções militares desde que o ministro da Defesa, Gustavo Rangel Briceño, chamou de ‘burros’ os oficiais institucionais”. (...) “Em fontes militares já se comenta, sem medo e sem pudor, que um dos detonantes para que o ministro da Defesa arremetesse contra os militares institucionais, foi a negativa destes em trasladar-se à Bolívia para reforçar a segurança de Evo Morales durante o referendum de hoje, domingo, que se anuncia que será letal para a estabilidade do presidente boliviano.Os oficiais simplesmente se negaram a obedecer a ordem de atuar na Bolívia” .
A respeito desse “destempero” do ministro da Defesa “rojo, rojito”, vale a pena registrar o que ele disse no Forte Tiuna (sede do Ministério da Defesa), pois é com um elemento destes que o governo brasileiro, através do seu ministro da Defesa Nelson Jobim e as nossas Forças Armadas, está fechando acordo de criar até outubro deste ano o “Conselho Sul-americano de Defesa”. Disse ele em escandalosa declaração afrontosa à Constituição que, antes, proibia a politização das FAN: “Não aceito essa visão covarde que retira das responsabilidades reais e verdadeiras do momento histórico que estamos vivendo porque ‘eu sou institucionalista e então, não...’. Então, você não? Então você se vá, você está fora de ordem, não entende o que está se passando”. E perguntou se um “institucionalista” não é na realidade “um grande covarde ou um burro que se nega a aceitar a realidade. Temos uma realidade na mão e ela é política. A oportunidade que temos é política”. E encerrou com “Pátria, Socialismo ou Morte. Venceremos!”.
Depois deste parênteses que merecia ser comentado porque está relacionado com o evento da Bolívia de hoje, é da maior importância se saber porquê a violência do bando oficialista, quais são seus reais interesses para o país e porquê a oposição insistiu tanto nessa autonomia. Em um documento escrito em agosto de 2006, logo após a assunção de Morales à Presidência, seu partido (MAS) elaborou um documento – assinado por Morales - que vem cumprindo diligentemente e que só através dele é possível compreender todo este processo. Intitulado “Guia de Ação Política de Orinoca – Para os companheiros revolucionários do MAS e seus aliados”, o documento descreve em detalhes suas estratégias, focos de ação e alvos a atingir. Copio apenas os itens mais importantes:
“1. Como objetivo: a criação de um Estado plurinacional camponês-indígena e com um governo centralista e estruturado sobre a figura de nosso líder, Evo Morales Ayma.(...) - Trata-se de conformar uma Democracia formal socialista com poder total e absoluto [o socialismo é pragmático e deve se orientar pelos estabelecimentos do Socialismo do Século XXI e promovido pelo camarada, irmão e Comandante Hugo Chávez da Venezuela];- Viabilidade do novo Estado: Conformar uma Pátria Grande Sul-americana e bolivariana. Para isso é desejável a conformação de forças estatais-repressivas conjuntas entre países da região com orientação socialista e financiada pelos próprios Estados, e o orçamento facilitado pelo Governo bolivariano da Venezuela;- Estabelece-se um ‘neo-foquismo’, onde a Bolívia seja o centro de irradiação deste Socialismo do Século XXI em nível latino-americano e promovido principalmente pelo governo-irmão da Venezuela;- É também desejável a conformação e o financiamento de grupos ou forças irregulares, para reprimir a sociedade civil rebelde, se isto for necessário. Estes quadros deverão ser orientados a gerar violência na sociedade boliviana, e assim confrontar exitosamente os oligarcas e anti-revolucionários. Não se descarta que estes grupos sejam multinacionais: peruanos, bolivianos, colombianos, etc., pois a luta agora é universal e latino-americana;- É positiva e funcional a cooptação de organizações sociais do país, como modo de grupos de pressão para reprimir instituições políticas ou sociais da oposição, assim como meios de comunicação burgueses e opostas à mudança.
II – Como justificativa: Se não se puder por meios democráticos, a violência [parteira da História] é necessária para impor o Novo Estado Plurinacional.Como políticas a serem levadas a cabo pelo governo revolucionário do MAS:1. Estabelecimentos Estratégicos1.1. Deve-se promover a agudização das contradições na sociedade boliviana. É desejável a crise econômica e política do país, deste modo a instabilidade geral e o caos possibilitarão o governo revolucionário do Companheiro Evo atuar com a força requerida para impor nosso projeto de Estado;1.2. Destruir o neoliberalismo (lembrem-se que este foi o mote do XIII Encontro do Foro de São Paulo ocorrido no ano passado) de ultra-direita fundamentado hoje, na chamada República boliviana e representada pela ‘Meia Lua’.1.3. Deve-se instrumentalizar exitosamente a Assembléia Constituinte para impor a visão do novo Estado.(...) 1.5. Deve-se continuar com o processo exitoso de cooptação de:b) Níveis hierárquicos das FFAA e da Polícia. Com a ajuda econômica do irmão Governo da Venezuela, espera-se a lealdade destes efetivos e funcionários para a repressão política planejada especialmente para a Meia Lua.(...) 3. Atacar o inimigo do Povo: a Meia Lua3.1. O inimigo do povo é a denominada “Meia Lua”, hoje em processo de articulação. Dentro deste contexto, o inimigo estratégico é o Estado de Santa Cruz de la Sierra, visibilizado através do Prefeito e Comitê Cívico;Justificativa: O inimigo deve ser aniquilado porque através do processo autonômico estadual, se poderia inviabilizar o novo Estado Plurinacional [que está por nascer]. Lembremos que tais autonomias defendem o Estado de Direito, a democracia e outras instituições burguesas e corruptas próprias da atual República da Bolívia; precisamente – pois – promovem as instituições que o povo deve ‘desmontar’.3.2. Estratégias/Ações:Gestar a inevitável divisão e confrontação campo-cidade em nível municipal. No caso de Santa Cruz inclusive, já se selecionaram municípios com elevada população migrante camponês-indígena (San Julián, etc.), para opor-se ao processo autonômico. Deve-se financiar quadros e grupos de pressão para violentar, quando seja necessário, o processo autonômico oligárquico e corrupto, e durante o processo de expropriação de terras aos fazendeiros e latifundiários”. E encerra com as palavras do cocalero-presidente: “Companheiras e companheiros revolucionários, creio que este guia será o instrumento de mudança para levar o poder ao povo e a nossos irmãos camponeses, indígenas e originários. Pátria ou Morte! Venceremos ao lado do povo! Morte à Bolívia senhorial e colonial!Evo Morales Ayma – Presidente constitucional da República da Bolívia”.
Bem, o documento é imenso mas creio que estes itens são bastantes para se avaliar e compreender o processo acelerado de comunização castro-chavista que está ocorrendo na Bolívia hoje, sem esquecer que tudo isto tem o aval, estímulo e iniciativa do governo brasileiro através do Foro de São Paulo.
Uma pesquisa de boca de urna realizada pela agência “Captura Consulting” para a rede “Usted Decide”, afirmou que na capital de Santa Cruz a percentagem do SIM foi de 85,3%, frente a 14,7% pelo NÃO. Entretanto, nas cidades foi maior a aprovação: 89,6% a favor do SIM e 10,4% para o NÃO. Embora não tenha sido informado ainda o número de abstenções, a cadeia ATB situou em torno dos 40%. Santa Cruz agora terá atribuições reservadas ao Estado nacional, como educação, segurança, justiça e economia, construindo uma verdadeira barreira contra o plano do Governo de “refundar” o país com uma nova Constituição socialista. A nova Constitução, aprovada sem o aval da oposição por uma assembleía constituinte controlada pelo oficialismo e que deve passar por uma série de referenduns, daria mais poder à maioria indígena, fortaleceria o controle do Estado sobre a economia e outorgaria um marco legal à política oficial de nacionalização dos recursos naturais.
Esta vitória é mais uma pedra no sapato do “Eixo do Mal” e do Foro de São Paulo, derrotado pela segunda vez em referedum (a primeira foi a derrota de Chávez em 2 de dezembro passado, também para implantar um regime totalitário comunista), o que prova que, majoritariamente, o povo latino-americano rejeita categoricamente o comunismo, é amante da ordem, do progresso, da liberdade e da democracia, não um arremedo dela, como estamos vivendo hoje no Brasil dos “cumpanhêro”. Que Deus abençoe e proteja os bolivianos de bem!Fiquem com Deus e até a próxima!
Autor: Graça Salgueiro
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sexta-feira, 2 de maio de 2008

Marcha da Maconha





No site do movimento Marcha da Maconha tem várias mascaras para imprimir e participar da marcha. Isso se a marcha acontecer, pois em vários Estados ela ainda está proibida. O Ministério Público considera que a Constituição Federal assegura o direito de reunião e livre manifestação do pensamento, “desde que para fins lícitos”.

Justiça libera Marcha da Maconha em São Paulo
A Marcha da Maconha, evento que pretende debater a legalização da planta e da droga no Brasil, está prevista para acontecer no domingo no Parque do Ibirapuera, zona sul. A Justiça de São Paulo já liberou a caminhada, negando um pedido liminar impetrado pelo Ministério Público contra sua realização. A decisão da juíza Maria Fernanda Belli, do Departamento de Inquéritos Policiais (Dipo), saiu no fim da tarde da quarta-feira.
Com a alegação de que a Marcha da Maconha é uma forma de incentivar o uso da droga, o promotor Marcelo Luiz Barone ingressou com ação cautelar. “Se incentivar alguém ao uso da droga, estou praticando uma conduta que é tão criminosa quanto o tráfico de drogas", justificou.
No Brasil, a Marcha da Maconha acontece desde 2002 nas praias do Rio de Janeiro. Neste ano, o ato estava previsto para ocorrer em, pelo menos, dez capitais brasileiras. Mas a mobilização do MP em outras cidades, com aval da Justiça, impede sua realização. (Agências)
Fonte: Diário do Comércio

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Protesto contra a violência

O movimento Recife pela Paz realizou ontem na praia de Boa Viagem um protesto contra a violência no estado. Quinhentos sacos cobrindo montes de areia representaram as mais de 1.500 pessoas assassinadas em Pernambuco desde o início do ano.

RECIFE - Quinhentos sacos pretos cheios de areia, simbolizando vítimas da violência no Estado, foram espalhados nesta quinta-feira pela areia da praia de Boa Viagem, no Recife. O protesto, coordenado pela Organização Não-Governamental Recife Pela Paz, em parceria com a ONG Rio de Paz, visa pressionar o poder público a enfrentar a escalada da violência no Estado. Nos quatro primeiros meses do ano, 1.511 pessoas foram assassinadas em Pernambuco.

Os integrantes do blog PEbodycount - responsáveis pela instalação de um relógio digital, na Rua Joaquim Nabuco, no bairro do Derby, que atualiza diariamente o número de homicídios ocorridos no Estado - participaram da atividade colocando o nome de 100 das 1.511 pessoas mortas nos sacos.

Os integrantes das ONGs recolheram assinaturas para um manifesto que deverá ser entregue ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O objetivo é chegar a um milhão de assinaturas. O manifesto pede, entre outros pontos, que a redução de homicídios seja colocada como prioridade das políticas de segurança pública, com metas; o reforço do policiamento ostensivo em áreas de maior incidência de crimes, além de políticas públicas de atendimento aos jovens e investigação dos crimes, controle de armas e munições ilegais e punição para os criminosos.

Na semana passada, no Aterro do Flamengo, no Rio, o Rio de Paz colocou duas mil cruzes em protesto contra a violência. De acordo com a ONG, o Brasil tem 27 homicídios por 100 mil habitantes, índice considerado muito elevado. Nos Estados Unidos, o índice é de 5,6; e na Itália, 1.
Fonte: OESP
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