sexta-feira, 2 de maio de 2008

Evo Morales ataca novamente


Socialistas da América Latina divergem sobre reformas

Enquanto Cuba, símbolo do regime socialista na América Latina, promove reformas para reduzir a influência do governo federal, seguidores de Fidel Castro no continente apontam para o caminho contrário e centralizam cada vez mais as decisões.
Em Havana, o presidente cubano, Raúl Castro, anunciou ontem a descentralização do setor agrícola e o fim de empresas estatais. Por outro lado, o presidente da Bolívia, Evo Morales, aumentou seu poder ao decretar a nacionalização da companhia de telefone e de quatro empresas de energia.
As reformas no setor agrícola de Cuba devem transferir a tomada de decisões do governo central aos municípios. "As delegações municipais assumirão a responsabilidade pelo funcionamento... da base produtiva agropecuária", afirmou o Granma, o jornal do Partido Comunista. Além disso, foram eliminadas 104 empresas estatais que atuavam no setor.
O avanço da agricultura é a peça-chave no redesenho econômico de Raúl Castro, que desde janeiro substituiu seu irmão Fidel Castro, fora do poder por problemas de saúde.
Estatização
Enquanto os cubanos promovem a descentralização, o presidente da Bolívia, Evo Morales, anunciou a nacionalização da Empresa Nacional de Telecomunicaciones (Entel), subsidiária da italiana Euro Telecom Internacional (ETI), e de quatro empresas energéticas: a Andina, pertencente à espanhola Repsol-YPF; a Chaco, controlada pela norte-americana Pan American Energy; a operadora de gasodutos Transredes, que pertencia à britânica Ashmore e a CLHB, pertencente a um consórcio do Peru e da Alemanha.
O anúncio veio dias antes do referendo sobre autonomia de Santa Cruz, governada pela oposição. A consulta é um claro desafio a Morales, que quer nacionalizar os recursos naturais e dar mais poder à maioria indígena.
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