O Jornal “O Estado de São Paulo”, edição de 16/01/11 espelha, na primeira página, fotos de militares enterrando inúmeros corpos de civis mortos e pondo seu serviço de inteligência na busca dos desaparecidos.
São os mortos e desaparecidos, civis inocentes, vítimas do mar de lama que ressurge todos os anos durante as chuvas chamadas de verão.
São vítimas da associação da incúria administrativa, da falta de vontade política dos governos federal, estadual e municipal e, sobretudo, da corrupção, que consome verbas que deveriam ser empregadas em obras de prevenção de acidentes, de tragédias pré-anunciadas, no bolso de políticos desonestos, que “pouco ou nada se lixam” com as centenas de vidas perdidas.
E, a cada tragédia, vêm promessas de socorro e de obras de contenção e reconstrução, aquelas cumpridas cosmeticamente, estas incompletas e ensejadoras de desvios de verbas públicas.
E os Tribunais de Contas são tolhidos em suas funções sob a acusação de retardarem obras superfaturadas.
Formou-se, assim, um circulo perverso que só faz crescer nos últimos 08 anos.
Eis que demagogicamente em 2005, o Governo Federal, em conseqüência a reiteradas tragédias já tinha o mapeamento das áreas de risco e apresentado um projeto de monitoramento das chuvas, a fim de proteger as populações.
Insta salientar que as áreas de risco são conhecidas e mapeadas há muito tempo, mas ignoradas em razão da corrupção dos órgãos fiscalizadores e da demagogia dos políticos que a pretexto de defender as residências dos pobres e as mansões dos ricos, com a omissão criminosa, decretam-lhes a pena de morte.
As vítimas são pessoas inocentes que não pegaram em armas para roubar, matar, seqüestrar, destruir a democracia e implantar uma ditadura totalitária de esquerda.
Não há dúvidas que, na raiz do problema, estão a corrupção e a impunidade em sinergia constante.
São os mensalões, afagados pelo ex-presidente; são os dólares na cueca; são a máfia dos sanguessugas; são os valdomiros diniz; são deputados construtores de castelos; são os passaportes diplomáticos, para filhos de presidente e amigos; são o compadrio; são as berenices e os Pedro moteleiros presentes à posse da “presidenta”, símbolos da continuidade corruptora, a indicar que a moralidade, a probidade, a impessoalidade, a publicidade não tem lugar entre os nossos governantes, ressalvadas as raras exceções.
O desavergonhado aumento dos salários dos deputados, das verbas de campanha (62%), a ampliação do número de vereadores, das verbas para conservação e reformas dos Palácios do executivo, legislativo e judiciário, as emendas parlamentares, tudo a sangrar o erário público, são um acinte ao contribuinte e um desvio de recursos para obras de prevenção de acidentes naturais.
Não bastam os impostos escorchantes já pagos. É preciso, ainda, contribuir com roupas, alimentos, água e dinheiro para as desvalidas vítimas da omissão das autoridades.
Vergonha das vergonhas é nos declararmos à ONU despreparados para enfrentar os acidentes naturais, omitindo a razão do despreparo.
Estaríamos preparados para a Copa do Mundo e Olimpíadas, com pesados investimentos, enquanto os brasileiros morrem nas encostas e cidades são soterradas sob avalanches de lama?
Se, em mais escândalos, corrupção e impunidade, não falamos é para não fatigar o leitor.
O mar de lama que já ceifou mais de 700 vidas e outro tanto de desaparecidos e apenas um pingo de água em comparação com o oceano de corrupção na política nacional.
O que não se houve é falar em Comissão da Verdade para apurar os crimes praticados pelos políticos no poder contra o Povo Brasileiro.
O Plano Nacional dos Direitos Humanos 3, subscrito por lulla e Dilma, não fala em Comissão da Verdade para apurar os crimes políticos responsáveis pelas mortes na região da Serra do Rio de Janeiro e no resto do Brasil, tampouco em Comissão para a busca dos desaparecidos e insepultos.
Às vítimas da corrupção e da negligência dos políticos basta a vala comum.
Não se cogita de indenizar as famílias que perderam suas casas e seus parentes, vítima da omissão, incúria e corrupção dos nossos políticos.
Não elas não merecem: não eram terroristas, assaltantes, assassinos, seqüestradores, não tinham como objetivo implantar um Estado Totalitário, como a ilha cárcere, matando militares e civis, como meio de atingirem seu nefasto objetivo.
Merecem menos ainda os Bombeiros Policias Militares que morreram dando suas vidas à Nação e os militares que, sem medir esforços e sacrifícios buscam mitigar os sofrimentos das vítimas de mais essa tragédia política.
É bem verdade que o Governo Federal, lulla/dilma, promete resgatar o plano de previsão de chuvas e evacuação das populações das áreas de risco dentro de 04 (quatro) anos.
E até lá? Bem, até lá, que o povo continue sofrendo e morrendo.
Até quando suportaremos tanta hipocrisia, omissão e iniqüidade?
Vinicius F. Paulino – Membro da Loja Maçônica Minerva Paulista
Marco Antônio Lacava – Membro da Loja Maçônica Minerva Paulista.
São Paulo, Janeiro 2011.
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