Segundo líder colombiano Álvaro Uribe (à esq.), sobre as opções dos militantes: "As Farc podem escolher: ou fazem paz, ou o povo continuará com a tarefa de derrotá-los". O presidente equatoriano Rafael Correa (à dir.), sobre a posição do colega colombiano: "O último que quer a paz com as Farc se chama Álvaro Uribe Vélez".
As tensões entre Colômbia e Equador voltaram a se agravar ontem depois que o presidente colombiano, Álvaro Uribe, descartou conceder status político às Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), opondo-se ao colega do Equador, Rafael Correa, que disse que reconhecerá o grupo rebelde como uma força beligerante. O governo de Bogotá antecipou que enviará uma nota de protesto ao Equador e à Organização dos Estados Americanos (OEA).
"(Os meus compatriotas deveriam assinar) documentos para defender nossa democracia e evitar estes atentados que acontecem quando se propõe o status de beligerância a favor de um grupo terrorista", disse Uribe à rádio local RCN.
Para o presidente colombiano, as Farc descumprem as condições que as tornariam uma força beligerante, pois só se pode reconhecer um grupo que tenha controle territorial e um comando unificado que exerça justiça e cumpra o direito internacional humanitário.
"As Farc podem escolher entre dois caminhos: ou se retificam e fazem paz, o que se faz em cinco minutos, ou o povo colombiano, apoiando o governo e as forças públicas, continuará com a tarefa de derrotá-los", acrescentou.
Na quarta-feira, o presidente equatoriano havia declarado que pode reconhecer as Farc como um grupo em situação de guerra caso abandonasse os seqüestros e os ataques considerados terroristas.
O líder equatoriano ainda disse que as Farc têm de liberar incondicionalmente seus reféns, entre eles a franco-colombiana Ingrid Betancourt.
Correa criticou seu colega colombiano ao afirmar que "o melhor negócio para Uribe é esta guerra" interna no país. "O último que quer a paz com as Farc se chama Álvaro Uribe Vélez", acusou.
Colômbia, Estados Unidos e União Européia consideram as Farc como um grupo terrorista, por causa da prática de ações ilegais, incluindo o seqüestro de civis. Com o status de força beligerante, o grupo poderia, entre outras vantagens, ter escritórios em outros países e receber fundos ou ajuda financeira legalmente de organizações e Estados.
Em oposição às declarações de Correa, o ministro das Relações Exteriores da Colômbia, Fernando Araújo, revelou que Bogotá prepara uma nota de protesto que será enviada ao governo de Equador e à OEA, para que "se tomem as medidas correspondentes".
"Naturalmente vamos protestar do ponto de vista diplomático por causa das declarações feitas pelo presidente Correa, que violam os acordos que temos conseguido", disse o chanceler colombiano.
"Consideramos que um país democrático não pode cair na tentação de dar nenhum tipo de status a grupos que executam atos de terrorismo permanentemente. Eu mesmo estive seqüestrado seis anos pelas Farc e garanto à comunidade internacional da qualidade de terrorista do grupo", afirmou.
"(Os meus compatriotas deveriam assinar) documentos para defender nossa democracia e evitar estes atentados que acontecem quando se propõe o status de beligerância a favor de um grupo terrorista", disse Uribe à rádio local RCN.
Para o presidente colombiano, as Farc descumprem as condições que as tornariam uma força beligerante, pois só se pode reconhecer um grupo que tenha controle territorial e um comando unificado que exerça justiça e cumpra o direito internacional humanitário.
"As Farc podem escolher entre dois caminhos: ou se retificam e fazem paz, o que se faz em cinco minutos, ou o povo colombiano, apoiando o governo e as forças públicas, continuará com a tarefa de derrotá-los", acrescentou.
Na quarta-feira, o presidente equatoriano havia declarado que pode reconhecer as Farc como um grupo em situação de guerra caso abandonasse os seqüestros e os ataques considerados terroristas.
O líder equatoriano ainda disse que as Farc têm de liberar incondicionalmente seus reféns, entre eles a franco-colombiana Ingrid Betancourt.
Correa criticou seu colega colombiano ao afirmar que "o melhor negócio para Uribe é esta guerra" interna no país. "O último que quer a paz com as Farc se chama Álvaro Uribe Vélez", acusou.
Colômbia, Estados Unidos e União Européia consideram as Farc como um grupo terrorista, por causa da prática de ações ilegais, incluindo o seqüestro de civis. Com o status de força beligerante, o grupo poderia, entre outras vantagens, ter escritórios em outros países e receber fundos ou ajuda financeira legalmente de organizações e Estados.
Em oposição às declarações de Correa, o ministro das Relações Exteriores da Colômbia, Fernando Araújo, revelou que Bogotá prepara uma nota de protesto que será enviada ao governo de Equador e à OEA, para que "se tomem as medidas correspondentes".
"Naturalmente vamos protestar do ponto de vista diplomático por causa das declarações feitas pelo presidente Correa, que violam os acordos que temos conseguido", disse o chanceler colombiano.
"Consideramos que um país democrático não pode cair na tentação de dar nenhum tipo de status a grupos que executam atos de terrorismo permanentemente. Eu mesmo estive seqüestrado seis anos pelas Farc e garanto à comunidade internacional da qualidade de terrorista do grupo", afirmou.
Em Quito, o Ministério das Relações Exteriores equatoriano afirmou ter havido "versões distorcidas" sobre o pronunciamento de Correa.
Araújo ainda recordou que, na reunião em março passado entre os ministros de Relações Exteriores da OEA, ficou combinado que Bogotá e Quito evitariam declarações negativas.
As relações diplomáticas entre Bogotá e Quito estão estremecidas desde que as forças militares colombianas atacaram um acampamento das Farc em solo equatoriano, em março passado, matando o então número 2 do grupo rebelde, Raúl Reyes.
Araújo ainda recordou que, na reunião em março passado entre os ministros de Relações Exteriores da OEA, ficou combinado que Bogotá e Quito evitariam declarações negativas.
As relações diplomáticas entre Bogotá e Quito estão estremecidas desde que as forças militares colombianas atacaram um acampamento das Farc em solo equatoriano, em março passado, matando o então número 2 do grupo rebelde, Raúl Reyes.
Fonte: Diário do Comércio
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