Em Mídia sem Máscara, Heitor De Paola faz uma análise inusitada e muito interessante:
(...)Minha interpretação destes fatos é um pouco diferente: num típico lance ditatorial Chávez teria entregado Reyes de propósito, com a finalidade de assumir seu lugar e bem poderia agora, provocar outro incidente contra Marulanda que o levasse a atingir a quatro objetivos:
1- reconhecimento internacional das FARC
2- assumir seu comando
3- estabelecer a ditadura interna
4- e, como Presidente da Venezuela e líder das FARC, liquidar o governo Constitucional da Colômbia e aplainar o caminho para a Grande Pátria Bolivariana, sonho de Bolívar que Chávez pretende consumar.
Digo isto porque estão tentando atribuir a Bolívar ideais democráticos que ele nunca teve: sua idéia de República era ter um Presidente Perpétuo, evidentemente, Simón Bolívar!
Quando eu estava terminando este artigo recebo um Editorial de Fuerza Solidaria que reforça minha opinião. Com o título “Hugo Chávez é o verdadeiro substituto de Raúl Reyes”, Alejandro Peña Esclusa, que entende de Venezuela como poucos, refere-se ao comunicado das FARC nomeando Joaquín Gómez como sucessor de Raúl Reyes. Para Alejandro o nomeado não tem nem liderança, nem experiência política, nem as relações internacionais para exercer o cargo, e acrescenta: “o único homem capaz de substituir eficientemente a Reyes e reconstruir a capacidade operativa das FARC é Hugo Chávez” . É ele que já se converteu no principal porta-voz das FARC com um agravante: está usando o poder do Estado para pô-lo a serviço dos criminosos. Chávez goza de imunidade e controla as instituições do Estado.(...)
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