quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Marta Suplicy apela outra vez

Manifesto pró-Marta causa mal-estar na Igreja

"A Igreja não aprova a participação de padres em apoio a um manifesto de caráter político, partidário, eleitoral", diz um dos trechos de nota divulgada pelo bispo auxiliar.

O manifesto divulgado por padres vinculados a pastorais sociais em favor da candidata do PT à Prefeitura, Marta Suplicy, provocou desconforto na Igreja Católica. Para conter o mal-estar, o bispo auxiliar de São Paulo, d. Pedro Luiz Stringhini, divulgou nota de esclarecimento, na qual pede "perdão aos fiéis que se sentiram ofendidos". Mais: diz que a distribuição da mensagem nas missas já estava proibida antes mesmo de seu lançamento, na sexta-feira. "A Igreja não aprova a participação de padres em apoio a um manifesto de caráter político, partidário, eleitoral", afirmou o bispo.

Coordenador da comissão que idealizou o manifesto, o chefe-de-gabinete do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Gilberto Carvalho, afirmou que o texto foi mal interpretado. "Não estamos dando um cheque em branco para Marta", disse Carvalho. Um dos principais auxiliares de Lula no Planalto, ele lembrou que a carta, assinada pelo "Fórum de Católicos pela Justiça, em favor dos mais pobres" também não expressa a posição oficial da Igreja Católica, mas, sim, de alguns setores. "Eu compreendo a preocupação de d. Pedro de não permitir que a Igreja se posicione eleitoralmente. Mas o fórum que assina a carta não é de padres, é de católicos", insistiu.

Ex-seminarista, o homem forte de Lula – que desembarcou em São Paulo há duas semanas, para socorrer a campanha de Marta – integra o movimento "Fé e Política". Trata-se de uma ala da chamada igreja progressista que considera necessário o posicionamento de cristãos em defesa de projetos que mais se aproximem da proposta do Evangelho.
"Só lamento que em nenhum momento tenha havido manifestação oficial da Igreja sobre o site de Gilberto Kassab (DEM), que ostenta fotos com bispos e padres", argumentou Carvalho.

Marcelo Rossi e Kassab – O padre Tarcísio Marques Mesquita, que também participou da reunião para o lançamento do manifesto pró-Marta, disse que a mensagem de apoio à petista não foi lida nas missas. "O nosso objetivo não foi produzir animosidade nem ofender o outro candidato, mas defender projetos que contemplam os moradores de rua, os excluídos. Não queremos criar polêmica, mas o padre Marcelo Rossi apareceu outro dia com um bolo na mão e Kassab apagou as velinhas. Eu não cantei parabéns para ninguém", disse o padre, lembrando que o prefeito também expôs suas idéias na Região Episcopal Belém.
Alex Silva/AE
Diário do Comércio


É sempre a velha atitude de "eu não sabia de nada", que também foi desculpa p/ os recentes ataques a sexualidade do Kassab. Mais uma vez está presente a contradição, pois se Gilberto Carvalho afirma que quem assina a carta não são padres e sim católicos, porque então consta no próprio site do PT que a autoria é de "cerca de 100 padres da Igreja Católica"?


Quem está mentindo? Gilberto Carvalho, o site do PT, ou os dois?


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