sábado, 21 de novembro de 2009

Cuba diz que relatório sobre direitos humanos é "ficção"

Segundo grupos de direitos humanos há cerca de 200 presos políticos em Cuba.

Cuba descreveu nesta quinta-feira, 19, como "ficção científica" um informe do grupo Human Rights Watch (HRW) que acusa o presidente Raúl Castro de manter um sistema de repressão contra a oposição utilizado durante décadas por seu irmão Fidel. "A Human Rights Watch mais uma vez carrega suas tintas contra a Revolução Cubana em uma tentativa vã de manchar a impecável obra da ilha a favor da dignidade e dos verdadeiros direitos humanos de mais de 11 milhões de cubanos", disse o Granma, jornal do Partido Comunista.

O diário diz que o informe da HRW pretende "atirar o salva-vidas" para a "minguada e desprestigiada contra-revolução interna". A HRW disse que Raúl Castro foi "tão implacável" com a oposição quanto seu irmão Fidel, o qual substituiu há três anos no poder devido a doença. O informe intitulado "Novo Castro, mesma Cuba" critica as prisões por "periculosidade", uma ação legal que permite a prisão com a suposição de que uma pessoa poderia cometer um delito. "Não tem nem imaginação", respondeu o Granma. "É o mesmo roteiro que vimos muitas vezes ao longo dessas cinco décadas".

Segundo grupos de direitos humanos há cerca de 200 presos políticos em Cuba. As autoridades comunistas de Cuba dizem que não possuem presos políticos e qualificam os dissidentes como mercenários a serviço dos Estados Unidos. Cuba não permite visitas de trabalho da HRW. Os direitos humanos são um tema central nas relações de Cuba com os Estados Unidos, que deram sinais tímidos de descongelamento com o presidente Barack Obama.
Agência Estado

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