Coube ao porta-voz da presidência da Colômbia, César Mauricio Velásquez, ler o comunicado: "(O presidente da República Álvaro Uribe) deplora que o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, com quem cultivamos as melhores relações, se refira à nossa situação com a Venezuela como se fosse caso de assuntos pessoais". "Desconhece o presidente Lula o nosso esforço para buscar soluções através do diálogo".
Uribe mandou dizer ainda que Lula emitiu comentários "ignorando a ameaça que representa para a Colômbia e continente a presença dos terroristas das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia)". E reiterou as acusações contra a Venezuela: "a única solução que a Colômbia aceita (para solucionar a crise) é que não se permita a presença dos terroristas das Farc e do ELN (Exército de Libertação Nacional) em seu território .
Na quarta-feira, em referência ao conflito entre os vizinhos, Lula disse que era "tempo de paz e não de guerra". "Ainda não vi conflito. Eu vi conflito verbal, que é o que nós ouvimos mais aqui nessa América Latina", afirmou.
Lula deverá visitar Caracas em 6 de agosto e no dia seguinte participa da posse do presidente eleito da Colômbia, Juan Manuel Santos. No começo da semana o presidente se encontrou com o ministro das Relações Exteriores da Venezuela, Nicolás Maduro, com quem discutiu a crise. A Colômbia acusa a Venezuela de abrigar, com a anuência do governo de Hugo Chávez, guerrilheiros das Farc, incluindo vários líderes do grupo. Caracas nega que dê proteção à guerrilha.
Sem comentários – O porta-voz da Presidência da República, Marcelo Baumbach, afirmou ontem que Lula "não acha apropriado" comentar as declarações de Uribe. Segundo ele, é necessário "ter paciência" e "calma" até o dia 7 de agosto, data da posse do sucessor: "O presidente Lula já tomou conhecimento dessas declarações e não considera apropriado que se responda. Ele lamenta a situação entre Colômbia e Venezuela"
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