segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008
CPI das ONGs X CPI dos Cartões
Saiu no blog do Josias:
Magnetizado por uma crise que envolve gastos de R$ 461,16 numa loja de free shop e R$ 8,30 numa tapiocaria, o Congresso negligencia uma CPI voltada à investigação de um sumidouro que sorveu das arcas do Tesouro R$ 32 bilhões em oito anos. Dinheiro repassado a 7.670 Organizações Não-Governamentais em meio a uma atmosfera que o TCU define como “de absoluto descontrole”.Inaugurada no Senado há cinco meses e 14 dias, a CPI das ONGs não saiu do lugar. O governo ocupa sete dos 11 assentos da comissão. E vem se valendo da supremacia numérica para deter a apuração.(...)
Todas as liberações que o Tesouro realizou para organizações sem-fins lucrativos entre 1999 e 2006, somam cerca de R$ 15 bilhões. Submetido a uma atualização monetária, o valor alça à casa dos 32 bilhões.(...)
Somando-se toda a verba da rubrica de “suprimento de fundos”, que inclui os cartões corporativos e os desembolsos que escoaram pela chamada “Conta B”, o governo gastou R$ 1,1 bilhão entre 2001 e 2007.
Parece dinheiro de troco se comparado aos R$ 32 bilhões entregues a organizações que, embora tragam enganchadas no nome a expressão “não-governametnais”, encontram-se penduradas na bolsa da Viúva.
Josias de Souza
(complementado em 20/02/08)
Com certeza, o rombo é bem maior no caso das ONGs e merece prioridade nas investigações. Porém, não se deve medir o que é pouco ou muito dinheiro, pois qualquer centavo de dinheiro público surrupiado ou mal gasto tem que ser investigado e o "gastão" responder legalmente pelo seu ato, mesmo no caso de uma simples tapioca. Não é uma questão de valor e sim de moral.
E por falar em moral, num país sem oposição e com esse saco sem fundo, nenhuma campanha moralista como a "Exija Nota Fiscal" conseguirá suprir os cofres públicos para atender tal demanda. Muito pelo contrário! A sonegação é inversamente proporcional à moralidade no tratamento dos recursos públicos. Só a mudança nessa relação é que porá fim a sonegação e restabelecerá a moralidade, tanto por parte do consumidor, do empresário ou do governo.
A campanha carioca pelo boicote ao pagamento do IPTU é, de certa forma, uma demonstração de que a sociedade quer essa moralização e está disposta a fazer a sua parte.
O que falta então?
Falta o governo entender que os recursos são "nossos" e não "deles", pois essa é a visão que predomina. E isso pode ser comprovado em qualquer discurso político, seja de direita ou de esquerda, do plano Municipal ao Federal, onde o "EU" sempre predomina. Abaixo um exemplo, onde(na medate do vídeo) o prefeito de São Paulo, Giberto Kassab, diz: (...)se precisar gastar o dobro "EU" gasto. Quando o "EU" considera-se "dono" quanto ao destino dos investimentos públicos, é meio caminho para trocar o "nosso" pelo "dele".
Na próxima quarta-feira o presidente do colegiado, senador Raimundo Colombo (DEM-SC), irá propor a convocação dos responsáveis pelos repasses às ONGs. Vamos aguardar...
Mas... já que pelo andar da carruagem as duas CPIs vão terminar em pizza, como as anteriores, lembremos nesse vídeo onde a CPI das ONGs começou.
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Um comentário:
Quer saber dos bastidores da politica Catarinense?
Ai estao alguns blogs e sites bem interesantes, onde se conta as historias escabrosas do governo local.
Lá tambem ecntrara tudo sobre a possivel debandada do governo de LHS.
www.apoliticacomoelae.com.br
http://www.gazetadejoinville.com.br/
http://leledacaverna.blogspot.com/
http://carlosdamiao.zip.net/
http://deolhonacapital.blogspot.com/
http://www.pauloalceu.com.br/
http://www.jmnet.com.br/
http://www.tribunadodia.com.br/home/
http://www.notisul.com.br/
http://www.rederegional.com.br/
http://botelheco.blogspot.com/
http://congressoemfoco.ig.com.br/default.aspx
http://www.sc24horas.com.br/noticias/index.php
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