Autor: Padre Paulo Ricardo de Azevedo Júnior
Marxismo cultural
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"Um convite para uma palestra a respeito de Marxismo, para muitos pode soar como um convite para uma aula de arqueologia, para um encontro com um pensamento do passado, ou ultrapassado. Vamos, mesmo assim, vamos falar de Marxismo. Mas por quê? Antes de tudo é necessário esclarecer que o tema desta palestra não é o Marxismo clássico, e muito menos o Marxismo do próprio Karl Marx, o pensamento marxiano..."
Revolução sexual e Marxismo
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A derrocada da moral judaico-cristã no campo da sexualidade não foi obra do acaso, nem conseqüência da inevitável substituição de uma moral ultrapassa por outra mais moderna. Trata-se de um movimento político e revolucionário bastante articulado e com objetivos bem claros.
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"Investigando por conta própria alguns casos, tive a oportunidade de conversar com guerrilheiras presas no DOI-CODI paulistano sob comando do próprio Ustra que me garantiram que ele jamais nelas tocou, reforçando os argumentos que desmentem Beth Mendes. Houve tortura no DOI? Provavelmente sim. Ustra foi um torturador? Pelos relatos que tomei, muito provavelmente não. O coronel tem um livro sobre o período que chefiou o DOI, chamado Rompendo o Silêncio e que precisa ser reeditado o mais rápido possível." - Sandro Guidalli.
Rompendo o Silêncio (Download Gratuito) formato PDF (6 MB)
A história de Armando Valladares, que passou 22 anos nas desumanas prisões políticas de Fidel Castro unicamente por expressar suas idéias contrárias ao marxismo-leninismo. Sofreu represálias brutais, prisão solitária e torturas terríveis e inimagináveis. Negarem-lhe alimento durante 46 dias, na tentativa de quebrar sua resistência. Como conseqüência, teve de permanecer 8 anos em cadeira de rodas.Valladares também revela o funcionamento do "Centro de Exterminação e Experiência Biológica" da prisão de Puerto Boniato, a pior de Cuba, onde médicos soviéticos, alemães orientais e tchecos, junto com seus colegas cubanos, sistematicamente provocam doenças e realizam experiências psicológicas entre os presos políticos. Finalmente, depois de insistentes pedidos de pessoas de todo o mundo, em especial do então presidente francês François Mitterrand, Valladares foi libertado em 1982.
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O escândalo do mensalão confirma, uma vez mais, que a imprensa livre, pluralista e vigilante é imprescindível à democracia e ao Estado de Direito. Nada melhor para a sociedade do que jornalistas determinados, incapazes de se curvar a pressões econômicas, chantagens políticas ou ao benefício das sempre generosas verbas publicitárias, em troca da omissão e do silêncio sobre o jogo sujo dos “donos” do poder.Este livro homenageia dezenas de profissionais de imprensa, repórteres que não se intimidaram, não abaixaram a cabeça aos poderosos da vez, e contribuíram de forma decisiva para desvendar e elucidar o mais extenso e complexo esquema de corrupção governamental da história brasileira, em todos os tempos.autor: Ivo Patarra
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Sobre o subtítulo do blog...
A eterna vigilância, antes do brigadeiro
A revelação feita nesta TRIBUNA, semana passada, pelo jornalista Helio Fernandes, de que a frase popularizada pelo brigadeiro Eduardo Gomes nas campanhas de 1945 e 1950 - "O preço da liberdade é a eterna vigilância" - fora tirada pelo jurista Prado Kelly, redator de discursos do candidato, de um livro de Aldous Huxley, merece ao menos uma nota ao pé da página em livros de História.
O jornalista, talvez o único sobrevivente dos credenciados para a histórica tarefa de cobrir no Rio a elaboração da Constituição de 1946, ouviu Kelly afirmar que encontrou a frase no "Brave new world" (traduzido como "Admirável mundo novo"), de 1932. Em 1956, esse livro de ciência-ficção foi adaptado pela CBS num programa de rádio, e Huxley, ao fazer a introdução, repetiu a frase.
Pessimista sobre o futuro, o célebre autor escreveu: "Um quarto de século se passou desde que o livro foi publicado. Na época, nosso mundo dava muitos passos na direção errada - tantos que se eu fosse escrevê-lo hoje iria situar minha história não 600 anos no futuro, como fiz, mas no máximo 200. O preço da liberdade, e mesmo da Humanidade comum, é a eterna vigilância".
"Dos muitos para os poucos"
Era uma advertência do autor para que os homens ficassem mais atentos e vigilantes, não permitindo que se chegasse àquele futuro sombrio para a liberdade. Mas a frase seguramente fora dita pela primeira vez mais de um século antes de Huxley nascer (ele era de 1894 e morreria em 1963). A autoria poderia ser disputada por pelo menos quatro personagens ilustres.
Thomas Jefferson (1743-1826), um dos pais da Declaração da Independência e da Constituição, eleito terceiro presidente dos EUA em 1800, é um deles. Quem o citou como autor, num discurso de 1852, foi Wendell Phillips (1811-84), um batalhador de boas causas, em especial a da abolição da escravatura. Phillips discursava em Boston, Massachusetts, ao atribuir a frase a Jefferson.
Falava então no contexto da escravidão negra. Afirmou: "Eterna vigilância é o preço da liberdade - o poder está sempre roubando dos muitos para os poucos. (..) A mão a quem se confia o poder torna-se (...) o necessário inimigo do povo. Somente com uma supervisão contínua será possível impedir o democrata que chega ao poder de se transformar num déspota".
Na Irlanda, em 1790...
Pelo menos um livro de citações ("Home book of quotations", editado por Burton Stevenson) registraria muitos anos depois que numa carta datada de 14 de abril de 1879 o mesmo Wendell Phillips escreveu: "A frase `Eterna vigilância é o preço da liberdade' foi atribuída a Jefferson, mas ninguém encontrou-a em suas obras ou outros textos. Ela também tem sido atribuída a Patrick Henry".
Eleito para o Congresso Continental em 1774, representando a Virgínia, Henry (1736-99) foi um dos extraordinários oradores do período, destacando-se pelas declarações inflamadas e apaixonadas. Lideraria a Milícia do Estado (1775) e seria governador (1776-78). O primeiro presidente, George Washington, chegou a indicá-lo secretário de Estado em 1795, cargo recusado por Henry.
Faltam mais indícios, além do livro de Stevenson, para confirmar a autoria de Henry. E outro inimigo da escravidão, o advogado e estadista irlandês John Philpot Curran (1750-1817), pode ser o verdadeiro autor, apesar de subestimado por não ser americano. A frase dele está no "Discurso sobre o direito da eleição", feito em 1790 e publicado em Dublin, num livro de discursos, em 1808.
Uma exigência de Deus?
É a seguinte a frase completa de Philpot Curran, muito reverenciado como grande orador na defesa das liberdades dos irlandeses: "É comum o indolente ver seus direitos serem tomados pelos ativos. A condição sobre a qual Deus dá liberdade ao homem é a eterna vigilância; se tal condição é descumprida, a servidão é ao mesmo tempo a conseqüência de seu crime e a punição de sua culpa".
Um detalhe relevante sobre a frase - muito citada ainda hoje, depois de ter sido adotada no Brasil quase como slogan pela UDN (União Democrática Nacional) do brigadeiro - é que nasceu claramente no contexto da escravidão. O protestante Philpot Curran usou-a em tom religioso. E Wendell Phillips talvez tenha sido seu principal divulgador no século XIX, falando no mesmo contexto.
Phillips, orador e ativista, formado na Harvard de Boston, foi extraordinária figura histórica, não suficientemente reverenciada hoje - o que acontece ainda com outros combativos abolicionistas. A luta pelo fim da escravidão começou antes da Declaração da Independência. É sistematicamente negligenciada em livros de História do país, que só faltam ver os abolicionistas como vilões radicais.
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